3G, empresa do trio de bilionários, deixa de fazer parte de ação contra Americanas

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Americanas informou que a 3G Capital Partners, empresa de investimentos de Jorge Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, acionistas de referência da companhia, foi excluída de procedimento arbitral instaurado após o escândalo da varejista vir a público.

Segundo comunicado ao mercado anexado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na última sexta-feira (14), a decisão foi proferida no dia 5 de julho.

A 3G Capital constava no polo passivo, ou seja, como ré, do procedimento arbitral CAM 236/23, ao lado de Americanas, Cathos Holdings S.A.R.L., BRC S.A.R.L., Cedar Trade LLC, SVelame S.A.R.L., além de Lemann, Sicupira e Telles.

O trio de acionistas de referência da Americanas segue sendo réu do processo.

O procedimento arbitral foi movido pelo Instituto Ibero-americano da Empresa, associação civil que atua na defesa de acionistas minoritários.

A ação pede a condenação de todos os mencionados acima no processo pela violação dos deveres relacionados à prestação de informações corretas da Americanas aos acionistas e ao mercado.

A pena requerida envolve a anulação da compra de ações da Americanas devido ao erro nas informações financeiras prestadas pela empresa e a devolução do valor pago, com as correções monetárias.

O processo também pede o pagamento da diferença entre o valor da ação da Americanas, comprada “com base nas informações prestadas ao mercado”, e o preço correto do papel.

Além disso, pede o ressarcimento de prejuízos relacionados à perda de oportunidade dos investidores pela aquisição de ações da Americanas por valores incorretos.

RESULTADOS TRIMESTRAIS

Também em comunicado ao mercado anexado na última sexta-feira na CVM, a Americanas disse que as demonstrações financeiras da companhia, incluindo os resultados fechados de todo o ano passado, “continuam em curso”.

A varejista afirmou que está preparando e revisando os seus dados financeiros trimestrais, e salientou que a divulgação das informações referentes ao primeiro trimestre deste ano depende da conclusão das demonstrações financeiras do ano passado.

A companhia não divulga seus dados financeiros trimestrais -para os quais os investidores olham para basear suas análises das empresas- desde o quarto trimestre do ano passado.

Os dados de outubro a dezembro de 2022 seriam divulgados no início deste ano, mas foram paralisados após a denúncia de “inconsistências” contábeis nos balanços da companhia. Tais inconsistências passaram a ser tratadas como fraudes pela própria Americanas desde o mês passado.

A companhia não deu certeza sobre a data de divulgação das informações financeiras do primeiro trimestre deste ano, mas disse que “a melhor estimativa da companhia, nesta data, é de divulgar tais informações em até 60 dias contados da divulgação” das demonstrações financeiras de 2022.



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