O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará um pronunciamento de Natal, neste domingo (24/12), e deve pedir união e harmonia aos brasileiros, tentando combater o clima de polarização política que vem das eleições de 2022. Durante a fala, o petista deve reiterar a importância do respeito aos diferentes e tentar transmitir uma visão de otimismo para 2024. Também deve citar o ataque às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano.
A mensagem natalina do presidente será veiculada às 20h deste domingo, em rede nacional de televisão e rádio, e nas redes sociais de Lula e do governo. O chefe do Planalto também deve aproveitar a fala para exaltar os programas do governo federal, como a volta do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida, bem como o Desenrola – programa de renegociação de dívidas.
Além disso, Lula deve fazer uma espécie de prestação de contas do ano de governo, com um balanço positivo, e defender que 2024 será o momento de colher os frutos do que foi semeado em 2023 – declarações que ele tem reiterado nas últimas semanas.
O governo federal desenvolveu uma campanha com o slogan “União e Reconstrução”, e já apresentou algumas peças em vídeo. Na sexta-feira (22/12), Lula publicou um vídeo em que pai e filha, brigados, se reconciliam após o anúncio de que ela irá cursar uma faculdade. Clique aqui para ver.
Em evento com catadores, também na sexta, o petista lembrou ainda outra peça sobre o programa Farmácia Popular, e disse que a mensagem é “de emocionar”. O mote da campanha em questão é “Brasil, um só povo”, na mesma toada das demais, e mostra a mãe de uma criança com asma descobrindo que ele tem direito a medicamentos sem custos.
A intensa agenda internacional do presidente ao longo do ano também será destacada. O petista saiu do país 15 vezes nos últimos 12 meses, e visitou 24 países. A proposta é reiterar o lema: o “Brasil voltou” para o mundo, com participação em foros internacionais, como a COP28, e a presidência do Brasil no G20, até novembro de 2024.
Fim da polarização
Apesar da defesa do respeito pelos diferentes, e promessa de dialogar com integrantes do outro lado do espectro político, Lula e ministros do governo frequentemente direcionam críticas e condenam a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de integrantes da gestão anterior, com ataques até mesmo aos eleitores do lado contrário.
Somente nas últimas semanas, Lula chegou a chamar Bolsonaro de “coiso” e “facínora”, por ter “mentido” e “pregado o ódio” em seus quatro anos de governo. Em evento em 15 de dezembro, na inauguração de um contorno rodoviário na BR-101, em Serra (ES), Lula acusou Bolsonaro de “usar a fé dos evangélicos”.
“Tem família que não conversa mais. Tem pai que não conversa com filho. Tem filho que não conversa com a mãe. Tem irmão que não conversa com o irmão, por causa de um facínora que pregou o ódio durante quatro anos neste país. Mentiu e pregou o ódio”, discursou.
O petista também condenou ações de críticos ao governo. Como no caso da passageira que questionou a ex-presidente Dilma Rousseff por viajar de primeira-classe, a quem Lula a classificou como “fascista”. O petista também se indignou contra os autores dos ataques, e os chamou de “animais selvagens”.