Em novembro, o reajuste salarial mediano ficou em 5%, superando em 0,9% a inflação medida pelo INPC em 12 meses, que chegou a 4,1%. As informações constam do boletim Salariômetro divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O salariômetro analisa os resultados de 40 negociações salariais, coletados no portal Medidor, do Ministério do Trabalho e Emprego.
O relatório mostra que 67,6% dos reajustes de novembro ficaram acima da inflação, a menor proporção desde abril, quando 65,1% superaram o INPC no período.
Já a proporção de reajustes iguais ao INPC no período chegou a 28,6%, a maior desde abril, quando atingiu 30,6%. Apenas 3,8% ficaram abaixo da inflação no período.
A comparação entre 2022 e 2023 mostra como a queda da inflação deslocou a distribuição dos reajustes acima do INPC. Ano passado, o balanço indicou que os reajustes negociados nessa proporção eram de 27,4%, passando para 78,5% em 2023.
A projeção para o INPC indica queda ao longo do 1º semestre de 2024, devendo ficar abaixo de 3,0% em junho do próximo ano.
A Região Centro-Oeste se manteve como destaque, com reajuste mediano de 1,17%, contra 1% da média nacional. Em seguida, vem o Sudeste (1,07%), Sul (0,87%), Norte (0,56%) e Nordeste (0,53%).
Entre os estados, o Amapá apresentou os maiores reajustes reais, de 1,67%, enquanto que no Paraná o índice de reajuste real ficou em 0,7%.
O setor de destaque em novembro foi o da construção civil, com um ganho real médio de 1,52%. Nas empresas jornalísticas, segundo a Fipe, não houve registro de ganhos reais, assim como o de telecomunicações, refino e extração de petróleo.