Amazonas melhora índices, mas cai em ranking de pobreza e extrema pobreza dos estados, aponta instituto | Amazonas

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De 2021 para 2022, mesmo diminuído os índices, o Amazonas caiu nos rankings de pobreza e extrema pobreza dos estados brasileiros. É o que aponta estudo do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), com base em dados de 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ranking de pobreza, em 2021, o Estado era o 25º, atras de Alagoas, Pernambuco e Maranhão, com índice de 59,7% de sua população com renda mensal de até R$ 665,02. Em 2022, o índice caiu para 56,7%, mas o Estado foi para o 27º lugar, à frente apenas do Maranhão.

No ranking da extrema pobreza, o estado ocupava o 20º lugar em 2021, com 17,1% de sua população com renda de até R$ 208,73 por mês. Em 2022, o índice caiu para 12,7% e o Estado foi para a 24ª posição, à frente de Pernambuco, Alagoas, Acre, Maranhão.

O estudo do IJSN a ponta que cerca de dez milhões de pessoas saíram da linha da pobreza no Brasil no último ano.

Para o cálculo das taxas, foram consideradas as linhas de pobreza e extrema pobreza estabelecidas pelo Banco Mundial, ou seja, US$ 6,85 per capita/dia e US$ 2,15 per capita/dia, respectivamente. Os valores foram convertidos pela Paridade de Poder de Compra (PPC/2017), que é um método alternativo à taxa de câmbio e leva em conta o valor demandado para adquirir a mesma quantidade de bens e serviços no mercado interno de cada nação, em comparação com o mercado norte-americano.

Assim, as referências mensais das linhas de pobreza e extrema pobreza tomadas como limites foram de R$ 665,02 e R$ 208,73, para valores de 2022.

A pesquisa mostra que a taxa de pobreza brasileira reduziu de 38,2% para 33,0% entre 2021 e 2022. Com isso, 10,47 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza no Brasil no último ano. No entanto, o número de pobres no País ainda é elevado, chegando a pouco mais de 70 milhões de indivíduos.

A pesquisa mostra ainda que o número de brasileiros vivendo na extrema pobreza também diminuiu, recuando de 20,03 milhões, em 2021, para 13,72 milhões de indivíduos vivendo em condições de miséria, em 2022. Cerca de 6,3 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza. A taxa de extrema pobreza foi de 6,4% nesse último ano.

A taxa de miséria brasileira mais recente é superior aos valores constatados em países, como Colômbia (6,6%) e México (3,1%), segundo as estatísticas do Banco Mundial.

Pobreza nos estados

Das 27 Unidades da Federação (UFs) brasileiras, nove têm a maior parte da população composta por pessoas em situação de pobreza, a saber, Maranhão (58,9%), Amazonas (56,7%), Alagoas (56,2%), Paraíba (54,6%), Ceará (53,4%), Pernambuco (53,2%), Acre (52,9%), Bahia (51,6%) e Piauí (50,4%).
As menores taxas foram encontradas no Rio Grande do Sul (18,2%), Distrito Federal (17,3%) e Santa Catarina (13,9%).

Quatorze UFs apresentaram taxas de extrema pobreza superiores à média do País (6,4%). As mais elevadas foram constatadas no Maranhão (15,9%), Acre (14,7%) e Alagoas (14,1%), índices acima dos valores observados em nações, como o Senegal (9,3%) e Honduras (12,7%), que enfrentam problemas sociais históricos.

A extrema pobreza se mostrou menor no Mato Grosso do Sul (2,8%), Distrito Federal (2,0%) e Santa Catarina (1,9%), contextos semelhantes aos de países como Peru (2,9%) e Sérvia (1,6%), porém mantendo certo distanciamento no espaço social de nações desenvolvidas como Estados Unidos (0,2%), Dinamarca (0,2%) e Noruega (0,2%).

O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) é uma autarquia governamental vinculada à Secretaria de Economia e Planejamento (SEP), Governo do Estado do Espírito Santo. Com 47 anos de história, o IJSN é uma instituição de pesquisa que desenvolve estudos sociais, econômicos e territoriais, conjugando métodos científicos tradicionais, sofisticados e inovadores.

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