A rainha de bateria da Acadêmicos de Realengo, Cíntia Barboza, usou as redes sociais para denunciar uma abordagem abusiva por parte da Polícia Federal (PF) no embarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na última quinta-feira (4/1).
Cíntia viajava para Benin, na África, para uma apresentação artística, quando foi impedida de embarcar por suspeita de transportar de drogas. Ela chegou a ser levada a um hospital para passar por exames, mas nenhuma substância ilegal foi encontrada com a passista.
“Fui impedida de seguir a viagem pela PF de Guarulhos juntamente com cinco negros, depois de anos de viagens. Me fizeram perder o voo. Depois de toda abordagem, me prometeram uma viagem seguinte na outra madrugada, mas não tinha mais vaga”, escreveu Cíntia.
Ela afirma ter passado 24h no Aeroporto de Guarulhos. “Não me ajudaram com alimentação, hospedagem e não encontraram nada comigo ilegal comigo… me submeti a tomografia no hospital geral de Guarulhos…que filme de terror”, lamentou. Veja o vídeo aqui.
Desabafo de Cíntia Batista Barboza
Cíntia com o grupo com que iria para a África
Cíntia Barbosa
Cíntia é rainha de bateria da Acadêmicos de Realengo
Cíntia perdeu a viagem
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Ainda de acordo com a rainha de bateria, os agentes não mudaram de comportamento nem mesmo ao saber que ela é irmã de um policial federal. “Eles ficaram sem graça, mas sequer mandaram averiguar”.
O Metrópoles procurou a Polícia Federal para obter esclarecimentos, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Já a Acadêmicos de Realengo publicou uma nota de apoio à Cíntia.
“A Acadêmicos de Realengo vem por meio desta repudiar a ação e o racismo sofrido por nossa rainha de bateria no Aeroporto de Guarulhos por parte da Polícia Federal. Nossa escola não tolera e jamais apoiará qualquer tipo de preconceito, racismo, homofóbia e qualquer intolerância contra o ser humano”, diz texto postado nas redes sociais da agremiação.