Homem é suspeito de tortura animal e ameaça ONGs de proteção no RS

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Um homem é investigado por torturar animais e ameaçar integrantes de uma ONG de proteção animal em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. De acordo com a instituição, imagens encontradas em celulares do suspeito mostram animais sofrendo mutilações e torturas.

Após uma uma denúncia de maus-tratos e tortura feita pela ONG Sem Raça Definida, o homem chegou a ser preso em flagrante em setembro do ano passado. No entanto, atendendo a um pedido da defesa, a Justiça autorizou a instauração de incidente de insanidade mental e concedeu liberdade provisória ao investigado. O parecer do Ministério Público foi contrário ao pedido.

Na residência dele, a Brigada Militar encontrou oito gatos vivos e um morto amarrados pelo pescoço.

Ameaças

Na madrugada de quarta-feira (10/1), a presidente da ONG Sem Raça Definida, Andressa Mallmann Bassani, recebeu uma mensagem com imagens de gatos torturados. Ela afirma ter reconhecido o local onde se passam as imagens, pois havia acompanhado a prisão em flagrante após as denúncias.

Andressa e a advogada da ONG, Sandra Royo, ainda receberam mensagens de ameaça, supostamente do mesmo homem. “Eu sou dono desse jogo, tudo funcionou e funcionará como eu quiser e assim decidir. Estou apenas 50 passos à sua frente, então corra!”, diz o texto. Após ameaças às integrantes da ONG, o Ministério Público requisitou que a polícia retome a investigação.

“Precisamos analisar as medidas que podem ser adotadas durante o processo, já que o suspeito das ameaças já foi, inclusive, denunciado pelo MPRS por maus-tratos a animais”, afirmou a promotora de Justiça Janaina de Carli dos Santos. O caso é investigado pela Polícia Civil, que informou que o homem ainda não foi chamado a prestar depoimento.

O suspeito ainda teria mandado uma mensagem de áudio em que é possível ouvir um gato gritando ao fundo, e a palavra “miau”, em tom de piada.

“Ele adotava em grupos de Facebook de proteção animal. Ele é um homem bem vestido, bem apessoado. Fazia essas adoções e ia buscar os gatos”, afirmou Andressa ao portal G1.

Depois das ameaças e dos vídeos, a ONG passou a orientar protetores de animais a evitarem fazer doações sem que seja possível atestar a segurança e as condições do adotante.

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