São Paulo – Nos 470 anos de história de São Paulo, apenas dez mulheres se candidataram à Prefeitura da capital paulista. Das 22 vezes em que elas se lançaram como opções para comandar o município, em apenas duas, em 1988 e em 2000, o eleitorado paulistano elegeu uma prefeita.
Luiza Erundina (1989-1993) e Marta Suplicy (2001-2004), ambas pelo PT (montagem em destaque), foram as duas únicas mulheres eleitas para a comandar a cidade, que teve 58 prefeitos em sua história.
Erundina, hoje deputada federal pelo PSol, é a mulher que mais vezes se candidatou: foram seis campanhas a prefeita por três partidos diferentes (veja no quadro abaixo) e outras duas a vice: em 1985, na chapa de Eduardo Suplicy (PT) e em 2020, na chapa de Guilherme Boulos (PSol).
A capital paulista também conheceu apenas duas vices na Prefeitura: Alda Marco Antônio (MDB), na gestão Gilberto Kassab (PSD), entre 2009 e 2012, e Nádia Campeão (PCdoB), que foi vice do petista Fernando Haddad (2013-2016).
Histórico de mulheres na disputa à Prefeitura
A primeira mulher a disputar o cargo de prefeita na capital paulista foi Ana Rosa Tenente, do Partido Humanista (PH), em 1985, nas primeiras eleições após a redemocratização do país. Na ocasião, ela enfrentou outros onze candidatos – todos homens – e recebeu pouco mais de 45 mil votos. O eleito foi Jânio Quadros pelo PTB.
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Luiza Erundina_Pablo Valadares-Câmara dos Deputados
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marta suplicy
Anaí Caproni
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Deputada estadual Marina Helou
Vera Lúcia, do PSTU
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As eleições que mais tiveram candidaturas femininas à Prefeitura foram 2004 e 2008, com quatro campanhas que se repetiram nas duas ocasiões: Anaí Caproni (PCO), Luiza Erundina (PSB), Marta Suplicy (PT) e Soninha Francine (PPS).
Para as eleições de 2024, há duas pré-candidatas anunciadas até o momento: a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e a economista Marina Helena (Novo). Marta Suplicy, que deve se filiar novamente ao PT na próxima semana, aceitou ser a vice de Guilherme Boulos.