Preso pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (08/02) por posse ilegal de arma e em posse de uma pepita de ouro oriunda de garimpo, na Operação Tempus Veritatis, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é sócio do líder garimpeiro Francisco Jonivaldo Mota Campos, filiado ao PL e coordenador do movimento “Garimpo É Legal” no Amazonas, segundo o site ‘De Olho nos Ruralistas’. (Veja a matéria completa do site neste link)
A perícia da PF constatou que Valdemar Costa Neto guardava em casa uma pepita de garimpo, o que o torna suspeito de usurpação de bem mineral da União, segundo os investigadores. A pedra de ouro apreendida tem cerca de 39 gramas. Logo depois de ser apreendido, o material foi encaminhado para análise da perícia. Na cotação atual do ouro, a pepita vale em torno de R$ 12 mil.
A Polícia Federal aponta o uso da estrutura do PL, partido chefiado por Valdemar Costa Neto, para a elaboração de uma minuta de decreto que previa golpe de Estado.
O dirigente do PL foi preso durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência em Brasília. Os agentes encontraram uma arma de fogo com registro irregular, que ele diz ser de um parente próximo.
Um aliado de Valdemar disse que é comum garimpeiros doarem ouro de presente em encontros com autoridades. Segundo ele, a pedra teria pouco valor de mercado e objetivo da prisão seria “constrangê-lo”.
De acordo com o site De Olho nos Ruralistas, em publicação de setembro de 2022, Valdemar Costa Neto é sócio da Agropecuária Patauá, empresa de comercialização de madeira e de atividade agropastoril. Durante seu terceiro mandato como deputado federal, em 2000, ele vendeu 75% da Patauá para um grupo de investidores holandeses, o Eco Brasil B.V., representados pelo brasileiro Francisco Jonivaldo Mota Campos.
Procurado pela imprensa por sua sociedade com Valdemar na Agropecuária Patauá, Jonivaldo Mota Campos se limitou a dizer que nunca conheceu o presidente do Partido Liberal.
De acorco com o site, a história da família de Valdemar com o município de Itacoatiara (AM) se inicia ainda nos 70, quando Waldemar Costa Filho, o pai de Valdemar Costa Neto, se aventurou no ramo de mineração de caulim na floresta amazônica, em parceria como o empresário Fumio Horii, conterrâneo e amigo próximo da família de Mogi das Cruzes (SP), onde seu pai foi prefeito por quatro ocasiões, além de grande empresário do ramo de transportes e da mineração.
Detalhes dessa história foram contadas na pré-publicação do livro “A Floresta do Amazonas”, de Gio Ferrarius, jornalista holandês. Alguns dos envolvidos, sem sucesso, pleitearam procedimentos sumários na justiça holandesa buscando censurar a divulgação da obra.