O Distrito Federal aplicou 20.849 doses de vacina contra a dengue entre 9 de fevereiro sexta-feira e esta quinta-feira (22/2). Em quase duas semanas de campanha, ainda há 50.859 das 71.708 doses que foram recebidas pela capital federal.
Os dados são da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), disponibilizados nesta quinta. O público-alvo dessa etapa da campanha de vacinação contra a dengue é composto por crianças de 10 e 11 anos.
A região com a maior quantidade de crianças vacinadas é a Sudoeste, que abrange Águas Claras, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires. Nessa área, 4.126 doses foram aplicadas.
Pelo menos 54.351 das 75,2 mil crianças de 10 e 11 anos ainda não foram vacinadas contra a doença. Neste primeiro momento, todas as vacinas recebidas pelo DF serão aplicadas como primeira dose. Daqui a 90 dias, quem recebeu a primeira aplicação deverá tomar a dose de reforço.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes Bloomberg Creative Photos/ Getty Images
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos Guido Mieth/ Getty Images
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte Peter Bannan/ Getty Images
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue Piotr Marcinski / EyeEm/ Getty Images
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão Image Source/ Getty Images
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada Getty Images
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas Guido Mieth/ Getty Images
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas Getty Images
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Contraindicações
Se a criança tiver sido diagnosticada com dengue, deverá esperar seis meses para tomar a primeira dose. Caso haja contaminação após a primeira aplicação, deve-se manter a data prevista para a segunda, desde que haja intervalo de 30 dias entre a infecção e a dose de reforço.
A vacina é contraindicada para pacientes com imunodeficiência congênita ou adquirida – incluindo aqueles em terapias imunossupressoras –, com infecção por HIV sintomática ou com evidência de função imunológica comprometida, e pessoas com hipersensibilidade às substâncias listadas na bula.
A vacina aplicada na rede pública de todo o país é a Qdenga, produzida pela farmacêutica Takeda. Durante os ensaios clínicos, o imunizante conseguiu reduzir em 90% as hospitalizações entre os vacinados. O imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de tempo de 3 meses.
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