Um cabo da Polícia Militar, identificado como Bento Luciano de Souza, foi preso nesta terça-feira (5) durante a Operação Milícia Dourada realizada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). Ele é suspeito de participar do roubo de ouro de uma casa na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus. E também responde a processos por roubo e extorsão, que tramitam na justiça.
Segundo as investigações da PC-AM, o crime aconteceu no dia 22 de setembro do ano passado, em uma residência, onde cinco pessoas negociavam a venda de ouro.
O cabo da PM e outros dois comparsas teriam invadido o imóvel pelo basculante do banheiro. Eles estavam usando fardamento falso da PC-AM e balaclava. Na falsa abordagem dentro casa, apreenderam o metal precioso, que não teve a origem divulgada pela polícia.
As investigações também identificaram que o carro usado pelos suspeitos no dia do crime foi alugado pelo cabo da PM, que estava utilizando uma placa clonada de uma delegacia especializada da Polícia Civil.
Nesta terça, 5/3 , pouco mais de cinco meses depois do crime, Bento Luciano foi preso em cumprimento ao mandado de prisão preventiva. Uma moto esportiva, avaliada em R$ 170 mil, que foi adquirida pelo suspeito após o crime, também foi apreendida.
A operação foi realizada por policiais civis do 19° Distrito Integrado de Polícia (DIP), sob a coordenação do delegado Costa e Silva, e contou com apoio do 5°, 8°, 20° e 21°DIPs.
A PC-AM não informou sobre o paradeiro dos outros envolvidos no crime.
Policial já havia sido excluído da corporação
A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) informou que o cabo da PM, já responde por outros crimes e havia sido excluído da corporação em 2019, mas foi reintegrado à instituição por decisão da Justiça.
Em nota, a PMAM ressaltou que, além do procedimento da polícia judiciária, a instituição instaurou procedimento administrativo disciplinar para apurar a conduta do policial militar, que teve mandado de prisão preventiva, decretado pela Justiça. Após audiência de custódia, ele será encaminhado para o Batalhão de Guardas da PM.
A corporação reforça que não compactua com desvios de conduta dos seus agentes.