Em meio a uma crise de pagamentos que envolve empresas médicas e de terceirização de mão de obra que atinge milhares de pacientes no Estado, o secretário de Saúde do Amazonas, Anoar Samad, disse, nesta segunda-feira (11/03), em audiência na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), que alguém precisa lhe ensinar “gestão de pagamentos”.
“Uma coisa é você fazer gestão dos gastos. Então, eu posso fazer gestão dos gastos. A gente, pode, a gente tem feito isso. Tem feito aqui reuniões de DOT (dotação orçamentária), a gente tem feito os planos de trabalho aqui, os projetos básicos visando redução de despesas para o Estado. Ou seja, vendo extremamente o que é necessário. Então, uma gestão dos gastos. Agora, desculpa, gestão de pagamento, alguém tem que me ensinar”, disse Anoar Samad, ressaltando que: “Talvez quem sentar na minha cadeira um dia saiba fazer gestão de pagamento”, completou.
Comissão
A Comissão de Saúde e Previdência da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), presidida pela deputada Mayara Pinheiro, recebeu, nesta segunda-feira (11/3), a equipe da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para apresentação do 2º e 3º Relatório Detalhado Quadrimestre Anterior da Saúde 2023 (RDQA).
Os dados apresentados nos relatórios têm o objetivo de acompanhar o investimento de recursos, resultados e identificar pontos de fragilidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Os balanços devem ser apresentados obrigatoriamente à Comissão de Saúde.
A parlamentar Mayara Pinheiro disse que cobrou as ações do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2018 pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPAM) e Governo do Estado que prevê o reordenamento sistemático das unidades e serviços prestados às gestantes, além da construção de novas maternidades no interior para desafogar o atendimento na capital.
“Há quatro anos fiz um requerimento solicitando a construção de uma nova maternidade na zona Norte de Manaus, e, hoje, preciso acompanhar a situação do projeto, cobrar mesmo para que a maternidade saia do papel. Precisamos de uma nova maternidade para ampliar o atendimento às grávidas do Amazonas”, comentou.
Gastos
De acordo com a parlamentar, um dos principais argumentos da SES para a ausência de implantação destes programas e de novas ações é a falta de recursos. Mayara solicitou um planejamento da SES, e após análise no âmbito da comissão, disse que vai marcar uma reunião entre a pasta e a Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz) para tratar sobre a administração de recursos e gastos na Saúde.
“Precisamos ter acesso a esse planejamento para que possamos junto com a SES e Sefaz propor melhorias, e fazer esse remanejamento de recursos que viabilizem investimentos na saúde”, pontuou.
O montante do planejamento solicitado pela SES é de mais de R$ 6 bilhões para este ano.
A Audiência Pública virtual pode ser assistida pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=TKbt0Z4j8Q8