A experiência de The Chosen nos cinemas brasileiros vai ser estendida. Isso graças ao sucesso de bilheteria dos episódios 1 e 2, da quarta temporada, em especial na semana de estreia (21/3 a 24/3). Com audiência 378% maior que a da terceira temporada, a Paris Filmes Brasil tomou uma decisão inédita: exibir também os capítulos de 3 a 8 nos cinemas.
O lançamento completo da temporada será desmembrado, com a estreia de dois episódios por semana ao longo de todo o mês de maio: 3 e 4 (2/5), 5 e 6 (16/5). e 7 e 8 (30/5).
De acordo com o idealizador da série, o norte-americano Dallas Jenkins, o resultado nas bilheterias é bastante esperado e segue sendo uma das formas de financiar a continuidade das filmagens das próximas três temporadas deste drama histórico sobre a vida de Jesus de Nazaré.
A arrecadação “milagrosa” de The Chosen nos cinemas brasileiros
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The Chosen: 4ª temporada
Se nas três primeiras temporadas, conhecer melhor os seguidores de Jesus de Nazaré e os primeiros milagres, os próximos episódios entram em uma fase bem mais tensa, a começar pela morte brutal de João Batista.
“Agora (na quarta temporada) o que aconteceria ‘em breve’ já está aqui, pois as oposições do sinédrio e do governo romano contra Jesus começam a trazer episódios mais tensos e dolorosos. Tenho procurado focar bastante no presente e viver o que cada momento traz”, contou Jonathan Roumie, interprete do Cristo, ao Metrópoles.
Veja o trailer dos episódios 3 a 8 da 4ª temporada de The Chosen:
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The Chosen: do financiamento coletivo a 770 milhões de views no mundo
O Metrópoles remontou a trajetória de The Chosen: de um curta feito para o culto anual de Natal de uma igreja protestante dos EUA até ser traduzido para mais de 50 idiomas e ultrapassar a marca de 200 milhões de espectadores únicos em 175 países, incluindo o Brasil.
Criada, dirigida e co-escrita por Dallas Jenkins, The Chosen apresenta uma abordagem inédita para a passagem do Messias pela Terra, agora, sob a ótica de seus apóstolos e seguidores. O sucesso no Facebook incentivou o diretor a transformar o produto religioso em seriado e convidar Derral Eves para ser o produtor executivo.
O episódio piloto foi lançado em 2017, na plataforma cristã VidAngel, mas a barreira financeira fez com que o projeto fosse interrompido. Para tirar a ideia do papel, Jenkins e Eves realizaram o que se transformou no maior financiamento coletivo de que se tem notícia. A vaquinha custeou cerca de US$ 100 milhões (R$ 492 milhões, aproximadamente) das despesas da produção.
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Com parte do dinheiro, Jenkins comprou uma propriedade no Texas (EUA), e reproduziu a cidade bíblica de Cafarnaum, onde se passa boa parte da trama. “Ela parece Israel em algumas partes, além de permitir que tenhamos nosso estúdio de gravação ao lado da nossa própria ‘vila de Cafarnaum’. Isso permite que fiquemos por perto e não precisemos viajar toda hora para filmagens, especialmente no meu caso”, explicou o diretor, em entrevista à Gazeta do Povo.
Os sete capítulos que completam a primeira temporada só foram lançados em 2019. A repercussão tamanha nas redes sociais levou The Chosen para plataformas de streaming como a Netflix, onde soma 770 milhões de visualizações de seus episódios. Além dos aplicativos oficiais The Chosen e Angel Studios, encontrados nas lojas dos smarthphones e em TVs compatíveis com o Google TV.
Em 2023, a gigante produtora de Hollywood Lionsguate adquiriu os direitos globais de distribuição e manteve a estratégia de lançamentos nos cinemas. As versões exibidas nas telonas renderam, até o momento, aproximadamente US$ 35 milhões (cerca de R$ 172 milhões) em bilheteria nos EUA.
O escolhido
Jonathan Roumie (Jesus Revolution) dá vida ao protagonista e integra o elenco composto por atores de origem árabe, judaica, do sudeste asiático e do norte da África. O ator traz uma versão bem-humorada do Filho de Deus, que se diferencia da imagem de sofrimento e dor propagada em filmes como A Paixão de Cristo (2004), dirigido por Mel Gibson e com Jim Caviezel no papel principal.
O retrato moderno do calvário do Cordeiro é um dos fatores que tornam a série tão elogiada e fez com que a primeira temporada conquistasse 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, website americano, agregador de críticas de cinema e televisão. O projeto também resgata costumes e o cenário político da época de uma forma nunca vista em outros títulos do gênero.