O mandato dos atuais auditores do pleno do STJD termina em julho. E as movimentações políticas para a indicação e a recondução de titulares para o tribunal já estão a todo vapor. Daqui a pouco menos de um mês as entidades serão notificadas para que indiquem seus representantes e terão 30 dias dias para responder. A posse da nova composição está prevista para 14 de julho.
O pleno é formado por nove integrantes, que são indicados por CBF (2), OAB (2), atletas (2), clubes (2) e árbitros (1), conforme manda a lei.
A OAB já enviou ao tribunal os nomes dos seus indicados, como informou a coluna. Tomarão posse Sérgio Henrique Filho e Marco Aurélio Choy, que irão substituir Otávio Noronha e Sérgio Leal Martinez.
Quem também já tem um nome definido são os clubes. Eles não têm uma associação formal para representá-lo. Em geral, a escolha é feita pelo jurídico dos times que estão na Série A. Está prevista uma reunião ainda nesta semana para se aprofundarem no assunto.
Os clubes reconduzirão o auditor Luiz Felipe Bulus. Já para substituir José Perdiz, atual presidente e que já atuou em dois mandatos e não pode ser reconduzido, ainda há dúvida. Marcelo Bellize, que é membro da 2ª Comissão Disciplinar, filho do ministro do STJ Marco Bellizze, colocou seu nome em pauta, mas vem sofrendo resistência por causa da pouca idade e experiência.
A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), responsável por indicar os representantes dos atletas, também tem um nome definido, que é o do já auditor Jorge Ivo Amaral. O segundo nome ainda está em aberto e pode passar por negociações envolvendo a CBF. O nome de Felipe Bevilacqua, que na última composição foi indicado pelos árbitros, tem força.
A CBF ainda não definiu quem serão os seus indicados. A decisão passará pelo presidente Ednaldo Rodrigues, que tem dito a interlocutores, que pretende indicar mulheres ou pessoas negras para o STJD. Ele não pretende reconduzir o auditor Maurício Neves, que poderia continuar no cargo.
A indicação dos árbitros, por ora, segue aberta. E o caso deve, inclusive, parar na Justiça. Quem costuma fazer a indicação é Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf), mas ela deixou de ser reconhecida pela CBF, que legitima a Associação de Árbitros de Futebol do Brasil (Abrafut). A entidade preterida deve acionar o judiciário para poder fazer a indicação. De qualquer forma, nenhuma das duas definiu quem pretende indicar.