projeção de alta do PIB de 2024 passa de 1,95% para 2,02%

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A expectativa para a inflação deste ano foi revisada para cima. A projeção de 2024 passou de 3,71% para 3,73%. Um mês antes, a mediana era de 3,75%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção passou de 3,56% para 3,60%.

Considerando as 114 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,70% para 3,73%. Para 2025, a projeção passou de 3,56% para 3,64%, considerando 112 atualizações no período.

Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 42ª semana consecutiva – seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo Banco Central após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 42 semanas.

As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou em março projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, igual à das reuniões anteriores, de dezembro e janeiro. Para 2025, também seguiu em 3,2%.

Os economistas revisaram as expectativas de inflação de curto prazo no Relatório de Mercado Focus. A mediana para abril de 2024 passou de 0,32% para 0,36%. Há um mês, a expectativa era de 0,30%. Para o IPCA de maio, a estimativa passou de 0,24% para 0,25%, de 0,22% um mês antes. Já para junho, a previsão para o indicador passou de 0,18% para 0,17%, de 0,19% um mês antes.

Os economistas do mercado financeiro revisaram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana de 3,53% para 3,56%, de 3,45% há um mês.

Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.

No dia 20 de outubro, porém, Haddad confirmou que não havia previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. Mas, como mostrou o Estadão/Broadcast, com a chegada de mais diretores do Banco Central indicados por Lula em janeiro, o decreto da meta de inflação poderia ser finalmente publicado, mas isso não ocorreu até o momento.

A projeção deficitária passou de US$ 32,00 bilhões para US$ 32,10 bilhões, de US$ 32,00 bilhões de um mês atrás. Já para 2025, a estimativa de déficit passou de US$ 38,90 bilhões para US$ 40,00 bilhões, ante US$ 35,00 bilhões há quatro semanas.

Em relação ao superávit da balança comercial em 2024, a projeção passou de US$ 79,75 bilhões para US$ 80,00 bilhões, contra US$ 81,50 bilhões há um mês. Para 2025, a mediana seguiu em US$ 75,00 bilhões, de US$ 74,55 bilhões de quatro semanas atrás.

Para os analistas consultados semanalmente pelo Banco Central, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) é mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes. A mediana das previsões para o IDP em 2024 passou de US$ 67,00 bilhões para US$ 67,27 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 65,50 bilhões. Para 2025, a estimativa passou de US$ 73,40 bilhões para US$ 73,50 bilhões, ante US$ 73,10 bilhões de um mês antes.

Déficit primário

O Relatório de Mercado Focus manteve a projeção de rombo fiscal de 2024. Para o déficit primário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a mediana seguiu em 0,70%, de 0,75% há um mês.

O relatório bimestral de despesas e receitas divulgado em março revisou o resultado primário para um déficit de R$ 9,3 bilhões (0,1% do PIB). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já avisou que o governo “dificilmente chegará à meta zero”, até porque o chefe do Executivo “não quer fazer cortes em investimentos e obras”.

Já a estimativa do Focus para o déficit nominal em 2024 seguiu em 6,80% do PIB, mesmo patamar de um mês atrás. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após o gasto com juros e outras despesas financeiras.

A estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2024 passou de 63,77% para 63,85%, ante 63,94% de um mês atrás.

Para 2025, o déficit primário esperado pelo mercado seguiu em 0,60% do PIB, onde já estava há 13 semanas. O novo arcabouço fiscal aprovado no ano passado previa uma meta de superávit primário de 0,5% do PIB no próximo ano, mas o governo alterou para 0% do PIB no projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) para o próximo ano.

O déficit nominal projetado para 2025 passou de 6,25% para 6,26% do PIB, ante 6,29% de um mês atrás. A estimativa para a dívida líquida no próximo ano passou de 66,27% do PIB para 66,40%, ante 66,42% de quatro semanas antes.

As informações são do O Dia.

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