Em Barretos, no interior de São Paulo, o padre Luiz Paulo Soares adotou e acolheu um cachorro da raça foxhound-americano. Em pouco tempo, o animal conquistou os fiéis e até um lugar como membro incomum da equipe litúrgica — o “cãoroinha”.
De acordo com o padre, o pet adora passear na rua, mas sempre volta para a igreja, principalmente quando o sino toca ou quando o cão percebe o movimento de pessoas.
Cão de caça
Criados nos Estados Unidos no século XVIII como cães de caça de raposas, os animais da raça foxhound-americano são ágeis e muito espertos. Há quem note uma semelhança física com os beagles. “Tem as características de rastreio, mas, ao contrário do beagle, tem muita energia”, diferencia o médico-veterinário Thiago Borba.
Thiago pontua que o animal integra uma raça tradicional, além de ser resistente e leal ao dono. “São cães com 53 a 63 centímetros de cernelha (altura do ombro até o chão), latido forte e muita energia. Seu comportamento é sempre alerta”, descreve o profissional.
Dotado de um faro inigualável, o pet é bastante curioso e adora encarar diferentes aventuras, sobretudo, ao ar livre. Não é fácil, inclusive, fazê-lo desistir de algo quando seu faro extremamente apurado está em ação. Sua teimosia é um dos pontos que requer atenção.
Diante de tanta intensidade canina, Thiago avalia que os cachorros da raça foxhound-americano não são recomendados para apartamentos se o tutor não estiver disposto a realizar longas corridas diárias. O animal não precisa de cuidados muito especiais, mas requer “pais de pet” atenciosos e animados como ele.
Entre os primeiros criadores de foxhound-americano está George Washington, o primeiro presidente dos Estados Unidos e uma das figuras mais importantes para o país. No Brasil, a raça, de acordo com Thiago, é muito encontrada na região sul.