São Paulo — Após a perícia da Polícia Civil confirmar que o corpo encontrado em um matagal de Charqueada, interior de São Paulo, era da adolescente Victória Lorrany Coutinho, de 14 anos, a família realizou o enterro nesse fim de semana em Piracicaba sob forte comoção.
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Uma multidão acompanhou o funeral, realizado na tarde de sábado (4/5) no Cemitério Municipal da Vila Resende. Muito abalados, familiares e amigos da adolescente não deram entrevistas.
A brutalidade do crime chocou a pequena Charqueada, cidade com pouco mais de 17 mil habitantes. Victória Lorrany ficou 10 dias desaparecida até um corpo ser encontrado em uma cova rasa em meio a um matagal da cidade na última terça-feira (29/4).
O corpo foi identificado na sexta-feira (3/5), após uma “perícia necropapiloscópica”, conforme explicou a delegada Juliana Ricci ao Metrópoles. Essa perícia faz a identificação a partir das digitais da vítima.
Em nota, a Polícia Civil informou que ainda aguarda a elaboração de outros laudos solicitados pela delegada, como o exame de DNA e outro para confirmar se a jovem foi vítima de crime sexual.
Suspeito preso
No mesmo dia em que o corpo foi encontrado, a polícia prendeu Miguel Pereira, de 42 anos. Segundo a polícia, ele teria consumido crack no dia do crime e foi visto passando ao lado da garota em imagens de uma câmera de segurança. Miguel chegou a prestar depoimento logo após o desaparecimento, mas tinha sido liberado.
O suspeito acabou preso em Piracicaba, após pedir abrigo a moradores da região para se esconder. Miguel era vizinho da família de Victória Lorrany e chegou a perguntar aos parentes da adolescente, após o crime, se ela tinha sido encontrado.
Outra adolescente desaparecida
Uma outra adolescente, chamada Yasmin Belemel, de 17 anos, também desapareceu em circunstâncias misterioras em Charqueada há oito meses. Ela foi vista pela última vez na noite de 2 de agosto de 2023, após sair da mesma lanchonete em que Victória pretendia tomar um lanche.
Durante as investigações, levantou-se a hipótese de que os casos tivessem alguma relação. No entanto, a delegada Olivia Fonseca descartou essa possibilidade: “Vamos continuar no caso Yasmin. Mas deixo bem claro: não se deve conectar um caso ao outro”.