Cerca de 20% dos blocos de petróleo brasileiros em estudo, em oferta ou já concedidos estão na Amazônia. Trata-se, em números absolutos, de 451 blocos identificados em terra ou mar na região da floresta. Os dados são de um monitor lançado nesta segunda-feira (23) pelas organizações Instituto Internacional Arayara e Observatório do Clima. As informações são do site Nexojornal.com.br.
A iniciativa mapeia blocos no Brasil e nos outros oito países que têm a Amazônia em seu território. Quando se analisa toda a região, há 871 blocos de petróleo, a maior parte (78%) em estudo ou oferta. Os projetos representam 29% do total de propostas em análise ou desenvolvimento nesses países.
O monitor diz que 51% dos blocos em estudo ou oferta na Amazônia estão no Brasil; em seguida, aparecem Bolívia (14,8%) e Colômbia (11,9%).
A maioria dos blocos na Amazônia brasileira ainda estão na fase de análise. São, em números absolutos, 307 projetos no mar (81%) e em terra (19%). Quando se consideram os blocos já com contratos, seja na fase de exploração ou produção, há 52 blocos, como registrou o site Poder360.
Incluem-se entre os blocos em análise o FZA-M-59, que fica na bacia da foz do Amazonas, no litoral do Amapá. A região ficou no centro de uma disputa dentro do governo federal depois que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) negou, em maio, a licença para a Petrobras explorar a área, como lembrou a revista Exame.
Líderes sul-americanos têm travado embates que opõem desenvolvimento e conservação do bioma, cada vez mais cobrada no contexto da mudança climática.
O diretor de Transição Energética da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, defendeu a empresa, afirmando que os recursos necessários para financiar as mudanças contra o aquecimento global devem vir justamente da exploração de petróleo. Ainda assim, ele disse que a estatal fará o que o Ibama decidir. Depois da primeira negativa, a exploração da foz do Amazonas voltou para a análise do órgão, que não tem prazo para tomar a nova decisão.
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