Economista classificou o modelo Zona Franca, principal matriz econômica do Amazonas, como ‘aberração’
O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Caio André (Podemos), defendeu o modelo Zona Franca e repudiou, durante a Sessão Plenária desta quarta-feira (25/10), falas preconceituosas do economista Alexandre Schwartsman, de São Paulo, em entrevista ao Jornal da Cultura exibido na última segunda-feira (23/10).
O economista, que é ex-diretor do Banco Central, classificou a Zona Franca de Manaus (ZMF) como uma “aberração” e demonstrou insatisfação com a prorrogação do modelo.
De acordo com Caio André, Alexandre demonstrou desconhecimento sobre o modelo sustentável, que emprega mais de 500 mil pessoas direta e indiretamente.
“Nós vivemos em uma federação, há a necessidade da integração nacional, é isso que aquele cidadão não entende. Aqui não é um polo só de montagem, é o segundo polo de produção de aparelhos de ar condicionado do planeta, o maior do país; polo de duas rodas, polo de indústria plástica, temos uma indústria pujante que existe graças aos incentivos fiscais”, detalhou Caio André.
O presidente da CMM subscreveu a Moção de Repúdio nº 417/2023, de autoria do vereador Lissandro Breval (Avante), que manifesta repúdio às falas preconceituosas proferidas à Zona Franca de Manaus por Alexandre Schwartsman, no Jornal da Cultura.
“Eu subscrevo a Moção, é algo comum a todos os vereadores, todos nós temos esse sentimento de repúdio às palavras esdrúxulas por esse suposto economista, que infelizmente deu essa entrevista, trazendo toda essa desinformação ao país”, acrescentou Caio André.
De acordo com dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), de janeiro a julho, a Zona Franca faturou R$ 98 bilhões. O modelo dá uma importante contrapartida ao Brasil e também para os outros países, que é a preservação da floresta em pé.