Com estudos apontando para uma grande seca dos rios este ano – as chuvas em pleno inverno amazônico estão escassas e o verão começa em maio-junho, cresce a preocupação com o isolamento de Manaus. A única alternativa, a BR 319, é ainda uma promessa, com o asfalto chegando a conta-gotas, travado por questões ambientais.
A rodovia, aberta entre 1965 e 1980, interessa especialmente ao Amazonas, que depende dos rios para alavancar o comércio, importar alimentos e insumos para a Zona Franca de Manaus. Na vazante, a cidade estanca, a atividade econômica diminui, as indústrias desempregam, o custo de vida sobe, a pobreza cresce.
E a rodovia? Bom, não saiu e nem vai sair porque seu custo é de algo em torno de R$ 10 bilhões. Não vai sair porque num governo paralisante, como o do PT, e com a Amazônia entregue a Ongs, com órgãos ambientais dominados por integrantes de organizações financiadas por governos estrangeiros “para proteger a Amazônia”, os empecilhos são imensos.
Vencer o isolamento vai depender de criatividade e os rios, desassoriados, ainda são saídas como estradas viáveis.
Mas isso não se faz com palavras. É necessária ação preventiva, deslocar dragas para áreas que historicamente concentram maior quantidade de sedimentos em períodos de seca, impedindo a navegação.
O que não tem solução é o isolamento ao longo de braços de rios no Amazonas, provocando migrações para a cidade. Aportes financeiros são necessários para prover alimentos e água potável para comunidades isoladas.
Tudo isso é previsível. Governo que se preza, que representa o povo e seus anseios, é governo prevenido. Ou se prepara para enfrentar os desafios que a natureza impõe, ou não conseguirá fazer depois…