Para quem tem metabolismo lento, ter um funcionamento mais rápido do organismo parece um sonho. Entretanto, o cenário não possui apenas vantagens e muitas vezes pode trazer problemas para a saúde.
O metabolismo é o conjunto de reações básicas que ocorre no organismo para manter o corpo funcionando. Um exemplo é a quebra de moléculas de açúcar e de gordura em busca da energia necessária para manter o corpo funcionando.
“O metabolismo é regulado por hormônios e enzimas além de fatores genéticos, estilo de vida, envelhecimento, uso de medicações e outros. Ter um metabolismo mais acelerado pode ser consequência de fatores naturais, de estímulos de atividades físicas e até de doenças como o hipertireoidismo”, explica a endocrinologista Ana Carolina Grillo, do Hospital Brasília, no DF.
A endocrinologista detalha que o metabolismo acelerado pode jogar contra quem o possui, principalmente quando o indivíduo precisa de reserva de energia, como ao ficar doente, por exemplo. O ritmo rápido de funcionamento do corpo queima rapidamente as gorduras, dificultando a criação de um estoque.
Sintomas de metabolismo acelerado de forma anormal
- Perda excessiva de peso;
- Batimento cardíaco acelerado;
- Suor frio;
- Dificuldade de concentração ou irritabilidade;
- Fadiga;
- Dificuldade para dormir.
Ana Carolina explica que é importante procurar atenção médica ao perceber os sintomas, pois a aceleração do metabolismo pode estar acontecendo por alguma doença.
Como lidar com o metabolismo acelerado?
A médica aponta que pacientes com um ritmo mais acelerado naturalmente devem aprender a melhor forma para lidar com o próprio organismo, o que envolve entender quanto nutriente o corpo precisa para o dia a dia.
Entretanto, pressões do cotidiano, ansiedade ou má qualidade de sono podem levar a instabilidades na dieta. Uma das principais consequências é uma fome contínua, especialmente logo ao acordar ou até mesmo durante o sono, já que se passa um período de jejum durante o descanso.
Sentir tanta fome que não consegue dormir nunca é bom sinal, segundo a médica. “Até porque é difícil para o corpo diferenciar os impulsos. Pode ser apenas uma compulsão, não uma vontade real de comer”, explica ela.
Evitar essa fome excessiva depende do comportamento do indivíduo. “Ter uma rotina alimentar bem estabelecida, com horários regulares, evitando pular refeições, ajuda muito a evitar este cenário. É preciso reconhecer o estresse, cuidar da ingestão de água e ter uma boa saúde do sono”, explica a endocrinologista.
A especialista recomenda a manter um planejamento alimentar regular, com um cardápio rico em proteínas e fibras para evitar a sensação de fome.
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