Uma audiência pública sobre o projeto do “Combustível do Futuro”, que regula o percentual de biodiesel permitido na mistura com diesel, virou motivo de reclamação de parlamentares ligados ao setor da agropecuária.
O motivo é que o relator do projeto, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), ligado ao setor do gás e da energia, não convidou para discutir o PL nenhum dos representantes do agro, principais interessados no tema.
No caso, Veneziano, que também é presidente da Frente de Energia, protocolou dois requerimentos pedindo audiências para discutir a matéria. Só que em nenhum deles figuram nomes ligados ao agro.
No caso, foram convidados representantes do:
- Ministério da Fazenda
- Ministério de Minas e Energia
- Petrobrás
- Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás — IBP
- Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes – Sindicom
- Confederação Nacional do Transporte – CNT
- Confederação Nacional da Indústria
- Associação Brasileira do Biogás — Abiogás
- Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado — ABEGÁS
- Associação Brasileira das Indústrias de Vidro
Como mostrou a coluna, o setor da agropecuária é um dos mais interessados. A ponto da relação com o governo Lula ter melhorado após o Palácio do Planalto trabalhar junto de lideranças do setor pela aprovação do PL na Câmara.
Já entre representantes do setor do gás, que tem ressalvas à proposta de aumentar o porcentual de biodiesel permitida no combustível tradicional, minimizam o conflito com o agro por causa da audiência pública.
A explicação é que a lista do relator no requerimento não é definitiva. E que senadores mais próximos da agropecuária podem e devem sugerir nomes do setor para discutirem o projeto nas audiências públicas.
