Aliado de Nunes, Milton Leite decidirá candidatura de Kim “no voto”

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São Paulo — Principal liderança do União Brasil no estado, o presidente da Câmara Municipal da capital, Milton Leite, disse que marcará prévias internas para decidir se o partido irá lançar a candidatura do deputado federal Kim Kataguiri à Prefeitura ou se irá apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

“O assunto Kim será decidido no voto”, disse Milton ao Metrópoles, nesta semana, após retornar de uma viagem à Brasília para reuniões com a cúpula da legenda.

Milton disse que as prévias ainda não têm data para ocorrer e que, antes da consulta interna, pretende ter uma conversa com Kim, que é membro do Movimento Brasil Livre (MBL) e tem insistido na pré-candidatura a prefeito da capital.

As prévias serviriam para colocar um ponto final em uma disputa interna no partido que vem desde meados do ano passado.

Aliança em jogo

Em seu sétimo mandato consecutivo na Câmara, Leite é o principal aliado político de Nunes e detém o controle da Secretaria Municipal de Transportes e de subprefeituras da zona sul.

Ele é o responsável por garantir a governabilidade do prefeito no Legislativo, onde controla as votações e mantém uma ampla base aliada, além de controlar o diretório paulista do União.

Leite costuma dizer a aliados e a jornalistas que partiu dele, em 2020, a ideia de lançar Nunes como vice do ex-prefeito Bruno Covas, morto em 2021, em um acordo que envolveu PSDB, MDB e União Brasil. Ele defende que seu partido deve se manter na aliança com Nunes e apoiar a reeleição do emedebista.

Nos bastidores, segundo aliados, Leite tenta se viabilizar como candidato a vice de Nunes, em uma alternativa a um nome que venha a ser sugerido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seu partido, o PL. No fim do ano passado, quando Nunes recebeu de Valdemar Costa Neto o recado de que Bolsonaro estaria com ele nas eleições, o apoio ficou condicionado à garantia de que o ex-presidente indicaria seu vice.

Leite já disse em diversos discursos na Câmara que não tentará neste ano seu oitavo mandato no Legislativo, mas responde de forma cifrada se não tentará nenhum cargo eletivo, dando liberdade para especulações entre os demais vereadores.

Crescimento partidário

Embora estejam na mesma legenda, Kim não tem conexão com a gestão Nunes e, em suas redes sociais, faz uma série de críticas à administração do prefeito.

Ele tenta obter apoio de outras lideranças nacionais do União para se lançar candidato contra o atual prefeito, em um projeto que, para membros do partido na capital, serviria para ampliar sua projeção política para além do eleitorado jovem de direita, sua principal base eleitoral.

Partiu de Kim, no fim do ano passado, a proposta de realizar prévias no partido. Leite deixou o assunto ganhar corpo enquanto Nunes costurava alianças com outras lideranças partidárias. Agora, ele espera encerrar a discussão.



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