Luís Roberto Barroso pesou quais seriam os eventuais efeitos internos no Supremo Tribunal Federal se reagisse com o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, na mesma frequência a que chegou sua irritação com a decisão do ministro na segunda-feira (15/4) no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Barroso se irritou com os afastamentos monocráticos decididos por Salomão, em especial da juíza Gabriela Hardt, que considera vítima de uma vendeta dos críticos da Lava Jato. A decisão de Salomão foi aplaudida por alguns ministros do STF, como Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Na terça-feira (16/4), porém, embora tenha deixado claro seu incômodo, Barroso não chegou ao plenário do CNJ esbravejando como na véspera. A todo o tempo, a interlocutores, o ministro disse que faria o que considerava certo. E, no geral, ficou satisfeito com o que os conselheiros decidiram.
Foram anulados os afastamentos de Gabriela Hardt e Danilo Pereira Júnior dos cargos na magistratura e mantidos os afastamentos dos desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima do do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).