Após caso de Presidente Figueiredo, prefeitura de Manaus intensifica vigilância e vacinação contra febre amarela

AMAZONAS

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A Prefeitura de Manaus está intensificando as ações de vigilância e vacinação contra a febre amarela, atendendo recomendação do Ministério da Saúde, após a confirmação de casos da doença no município de Presidente Figueiredo e no estado de Roraima. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) reforça a busca ativa de pessoas não imunizadas contra a doença, e orienta aos usuários não vacinados que busquem uma das mais de 170 salas de vacina da Rede de Atenção Básica para receber o imunizante.

A gerente de Imunização da Semsa, Isabel Hernandes, lembra que a vacina contra a febre amarela integra o calendário básico de vacinação das crianças de 9 meses a menores de 5 anos, com dose de reforço aos 4 anos, e é indicada para toda a população não vacinada de 5 a 59 anos de idade, em dose única.

“Essas pessoas que nunca receberam a vacina podem se dirigir a qualquer ponto de imunização da Semsa, bastando apresentar documento de identidade e cartão do SUS”, orienta a gerente. A lista completa de salas de vacina, com endereços e horários de funcionamento, está disponível no site semsa.manaus.am.gov.br, ou diretamente no link https://bit.ly/SalasVacinaManaus.

Isabel assinala que a vacinação é recomendada para toda a população e, em especial, para os que residem em áreas ribeirinhas e rurais, bem como pessoas que vivem ou trabalham próximo de regiões de mata do município.

Casos e vigilância

A estratégia de intensificação nas ações de vigilância e imunização visa evitar surtos da febre amarela, que teve quatro casos confirmados no Brasil, nos últimos seis meses, sendo um em Roraima, um no Amazonas e dois em São Paulo. Dentre esses casos, três foram a óbito, inclusive um homem de 63 anos, em fevereiro passado, que teve Presidente Figueiredo como local provável de infecção. Ainda em Roraima, foi detectado um caso importado da Guiana Inglesa.

Isabel ressalta que a vacinação é uma ferramenta eficaz e segura para a prevenção da febre amarela. “Deve-se atentar apenas para pessoas com contraindicação, como as alérgicas a algum componente da vacina e as imunossuprimidas”.

A vacinação de gestantes também é contraindicada, segundo a gerente de imunização, devendo ser avaliada pelo médico em caso de viagem para áreas de risco. As lactantes que se vacinarem devem suspender, por 28 dias, o aleitamento de bebês menores de 6 meses de idade.

Em conjunto com a imunização, as ações de vigilância da Semsa estão sendo intensificadas, com reforço junto às equipes de saúde para a notificação compulsória de casos e a pronta comunicação/notificação de eventos suspeitos.

Doença endêmica

A febre amarela é uma doença endêmica na região amazônica, também ocorrendo de tempos em tempos em outras regiões do país. A maioria dos casos incide no período de dezembro a maio.

Surtos da doença podem ocorrer quando o vírus encontra condições favoráveis para transmissão, como temperaturas elevadas, alta densidade de vetores (mosquitos) e hospedeiros primatas, e baixas coberturas vacinais.

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