A coluna Fábia Oliveira descobriu que o cantor Jão, que esta semana lotou o Allianz Parque por duas noites seguidas, está iniciando sua nova era, mas ainda presos às amarras da era musical passada. Sim, o processo judicial ajuizado contra o artista por conta da destruição de um carro ao longo da gravação de um videoclipe teve novos desdobramentos.
Após um polêmico laudo pericial ser apresentado na ação e, mesmo assim ter contado com a concordância de Jão, o que foi noticiado exclusivamente por esta coluna, chegou a vez de o Autor se pronunciar. Claudio Bernatat discordou do laudo do perito, o que significa que o caso ainda levará mais tempo até terminar.
Segundo Claudio, o laudo seria falho porque não considerou que o carro tem mais de 50 anos de existência. Na prática, o autor não poupou críticas ao laudo, apresentando inclusive, o que parecem – para esta coluna, que não tem expertise em oficinas mecânicas – ser retrucas aos pontos técnicos apresentados pelo especialista.
O tal laudo pericial foi impugnado, ou seja, questionado, em novembro do ano passado. Desde então, o “Pirata”, um dos apelidos de Jão, ainda resta a procurar navios.
Enquanto Jão muda os locais de sua “Superturnê” por conta da elevada demanda, surpreendente seus espectadores com um beijão ao vivo em seu parceiro (ou ex?) durante um show transmitido nacionalmente, seu papel de queridinho do Brasil parece ganhar cada vez mais credibilidade. Agora, tornar-se o queridinho de Claudio? Bom, julgamos ser algo um tanto improvável, só com um imenso alinhamento milenar. Você não acha?
Relembre o caso envolvendo Jão
O cantor Jão está sendo processado pelo dono de um automóvel Opala, que foi alugado para ser usado em um de seus videoclipes. O motivo é que o artista recebeu o veículo em perfeitas condições, assumindo a responsabilidade de devolvê-lo da mesma maneira em que foi entregue. No entanto, segundo a ação, não foi o que aconteceu. Jão teria destruído o carro, chegando a subir no teto do mesmo.
Após a situação, Cláudio, dono do Opala, registrou um boletim de ocorrência, relatando os fatos, que aconteceram em outubro de 2021. Segundo consta no processo, uma série de conversas por meio de um aplicativo de mensagens foram iniciada pelas partes envolvidas mas, sem sucesso na resolução dos reparos do veículo, o dono resolveu recorrer à Justiça.
Os valores apresentados para a recuperação do carro variavam entre R$85.200,00 e R$66.256,00. Isso porque, segundo Cláudio, trata-se de um automóvel antigo, cuja restauração deve ser feita por um pessoal especializado, em oficinas especiais destinadas a este tipo de veículo.
O dono do carro disse ainda que se sentiu ofendido em sua moral, sendo atacado e desmoralizado, além dos inúmeros prejuízos financeiros que teve. Ainda segundo ele, os danos no Opala foram causados na frente de sua filha, que estaria assistindo à gravação do videoclipe de Jão. Na ocasião, a menina teria chorado e gritado desesperadamente para que o cantor deixasse de destruir o automóvel que lhe era querido.
Em virtude disso, Cláudio pediu, então, uma reparação dos danos materiais e morais no montante de R$ 30 mil. Deu-se à causa, portanto, somando aos R$ 66.256,00, um valor total de R$ 96.256,00.