O avião interceptado pela FAB (Força Aérea Brasileira) ontem perto de terras indígenas Yanomami, em Roraima, estava com matrícula cancelada desde maio de 2022.
A aeronave não tinha autorização para fazer voos. O status de operação do avião está no sistema de consulta do RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro), mantido pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Avião teve a matrícula cancelada por perecimento. Segundo o RAB, isso ocorre quando um laudo técnico aponta que uma aeronave não pode ser mais recuperada por meio de conserto, ou quando a Anac não tem notícias sobre a operação dela por período maior que 180 dias.
Empresa dona da aeronave teve baixa em 2008. A companhia apontada como a dona do avião no RAB se chamava Comercial Aerotaxi Ltda. O site da Receita Federal diz que a empresa não está mais em funcionamento.
FAB interceptou avião com tiros de aviso
Aeronave sobrevoava o espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami. A região é monitorada por ser uma Zida (Zona de Identificação de Defesa Aérea). Em 2023, a FAB iniciou o controle aéreo da área com o objetivo de contribuir para o combate ao garimpo ilegal em Roraima.
O avião foi classificado como suspeito. Aeronave, de modelo Cessna 182, passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aeroespaciais e pela Polícia Federal. Aeronaves E-99, R-99 e A-29 Super Tucano foram empregadas na missão.
O piloto suspeito descumpriu as ordens e a FAB autorizou que fossem disparadas “duas rajadas de tiro de aviso”. Um registro em vídeo divulgado pela Força Aérea Brasileira mostra a ação dos militares.
A aeronave fez um pouso em uma pista de terra e o piloto fugiu. Segundo a FAB, um helicóptero foi empregado para o transporte de militares do Grupamento de Segurança e Defesa da Base Aérea de Boa Vista e de agentes da PF ao local. A Polícia Federal realizou a apreensão da aeronave.
A FAB não informou o que foi encontrado no avião.
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