O avião monomotor que caiu na tarde desta segunda-feira (18) no interior do Acre estava com o certificado de aeronavegabilidade cancelado, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro, da Força Aérea Brasileira (FAB).
A aeronave, de matrícula PT-JUN, caiu a cerca de 1 quilômetro da pista na cidade de Manoel Urbano, a cerca de 230 quilômetros de Rio Branco. Uma pessoa morreu e outras seis ficaram feridas, segundo o Corpo de Bombeiros.
Segundo o sistema da FAB, o avião acidentado estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) cancelado, já que a licença havia vencido em junho de 2019.
A reportagem da CNN procurou a FAB para obter mais detalhes sobre o cancelamento da licença, mas ainda não obteve retorno.
De acordo com o governo do Acre, a aeronave estava com sete pessoas a bordo: o piloto e mais seis passageiros. Segundo o registro da FAB, o avião poderia levar, no máximo, três passageiros mais o piloto. Portanto, havia três passageiros a mais do que o permitido.
Como era o avião acidentado
O equipamento que caiu nesta segunda-feira era um monomotor turbohélice modelo 182P, fabricado em 1974 pela empresa norte-americana Cessna Aircraft.
No registro da FAB, a aeronave estava em nome de Samuel Castro Silva. Segundo relação de vítimas enviada pelo Corpo de Bombeiros do Acre, não havia ninguém com esse nome entre os ocupantes do avião.
O monomotor tinha operação negada para táxi aéreo.
De acordo com o governo do estado, o avião saiu da cidade de Manoel Urbano e tinha como destino o município de Santa Rosa do Purus, também no Acre, que fica a cerca de 150 quilômetros em linha reta do ponto de partida e na fronteira com o Peru.
O acidente ocorreu por volta do meio-dia, pelo horário local, e 14h no horário de Brasília. Os sobreviventes foram levados para o hospital de Manoel Urbano e serão transferidos para Rio Branco. A área da ocorrência é de difícil acesso, segundo os bombeiros.