Bairros de SP com epidemia de dengue mais do que dobram em uma semana

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São Paulo – O número de bairros de São Paulo que estão em situação de epidemia por dengue mais do que dobrou em apenas uma semana. Até o dia 21 de fevereiro, seis distritos superavam a taxa de 300 casos por 100 mil habitantes, índice utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para indicar uma epidemia. No dia 28 de fevereiro, no entanto, a incidência considerada epidêmica já era registrada em 15 distritos da cidade.

Os dados são do boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de São Paulo nesta segunda-feira (4/3) e que reúne informações coletadas até o dia 28 do último mês. Segundo o levantamento, entraram em situação de epidemia para a dengue na última semana os bairros de: São Miguel Paulista, Guaianases, Lajeado e Água Rasa, na zona leste; Tremembé, Vila Maria e Vila Medeiros, na zona norte; Lapa, na zona oeste; e Campo Limpo, o primeiro bairro da zona sul a entrar na lista.

Eles se somam aos distritos de Jaguará, Itaquera, Jaçanã, São Domingos, Vila Leopoldina e Anhanguera, que já estavam em epidemia antes.

Veja a lista completa dos 15 distritos em situação epidêmica para dengue atualmente e as taxas de incidência registradas neles:

  • Jaguará – 3.236,7 casos por 100 mil habitantes
  • Itaquera – 754,5 casos por 100 mil habitantes
  • Jaçanã – 747,8 casos por 100 mil habitantes
  • São Domingos – 861,6 casos por 100 mil habitantes
  • Vila Leopoldina – 600,6 casos por 100 mil habitantes
  • Anhanguera – 533,4 casos por 100 mil habitantes
  • São Miguel Paulista – 627,8 casos por 100 mil habitantes
  • Tremembé – 419,7 casos por 100 mil habitantes
  • Campo Limpo – 363 casos por 100 mil habitantes
  • Vila Maria – 359,9 casos por 100 mil habitantes
  • Guaianases – 322,5 casos por 100 mil habitantes
  • Lapa – 316,8 casos por 100 mil habitantes
  • Água Rasa – 314,7 casos por 100 mil habitantes
  • Lajeado – 311 casos por 100 mil habitantes
  • Vila Medeiros – 302,1 casos por 100 mil habitantes

Os números divulgados até pela Prefeitura mostram que a cidade teve 25.182 casos confirmados da doença até o dia 28 de fevereiro, com uma incidência 209,7 infecções por 100 mil habitantes.

Dados da Secretaria Estadual da Saúde, que divulga os novos registros diariamente, apontam que a capital paulista está a beira de entrar em epidemia para a doença.

Segundo a pasta estadual, a cidade de São Paulo já tem 32.508 casos confirmados e uma taxa de incidência de 283,88 infecções por 100 mil moradores. Duas mortes foram registradas na capital até o momento.

O Metrópoles questionou a Prefeitura de São Paulo sobre o tema, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

Sintomas da dengue

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:

  • Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
  • Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
  • Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
  • Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
  • Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
  • Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.


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Tratamento

O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:

  • Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
  • Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
  • Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
  • Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
  • Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.

Prevenção da dengue

Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.

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