O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, na manhã desta segunda-feira (4/3), o presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, Jin Liqun. Antes, o chefe do Executivo havia aberto as portas do gabinete para a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
Ambas as reuniões ocorreram no Palácio do Planalto, com a presença do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, e a ex-presidente Dilma Rousseff, atualmente na liderança do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como “banco dos Brics”.
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Jin Liqun fez um pronunciamento à imprensa depois do encontro com Lula e disse ter sido uma “conversa maravilhosa” sobre a cooperação entre o banco e o governo para uma “parceria importante”.
Apesar de não terem firmado um projeto específico, Liqun falou que “desde que tenha bons projetos, nós vamos financiar”.
A preferência será para propostas de infraestrutura, como “rodovias, aeroportos, portos e transmissão”, além daquelas para “mitigar os efeitos das mudanças climáticas”.
O presidente do banco também apontou o desejo de participar de investimentos para o G20 e a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, sediada em Belém (PA). “Seria uma honra”, falou.
Antes do Banco Asiático, reunião com FMI
Após a reunião com a diretora-geral do FMI, Lula disse, na rede social X (antigo Twitter), que a conversa tratou do “desenvolvimento com inclusão social e a retomada da redução da pobreza no mundo”.
Houve também uma discussão sobre uma “necessária reforma” do órgão, para buscar representatividade “do mundo atual e capaz de ajudar os países que precisam recorrer ao FMI em melhores condições”.
Uma reconstrução da governança global, com destaque para os países do Sul — antes chamados de “subdesenvolvidos”, é uma das bandeiras do governo Lula e está inclusa nos eixos de trabalho do Brasil na Presidência do G20, durante este ano.
Haddad descreveu as agendas como conversas de alinhamento.
“Foram duas reuniões, com a FMI, a diretora-geral, e agora com o presidente do Banco da Ásia, basicamente sobre financiamento internacional, sobre o apoio do Brasil à FMI, sobre alinhamento de cotas, esse tipo de coisa”, disse.