A popularização das transações instantâneas — com a criação do Pix — resultou no aumento das movimentações bancárias suspeitas ou indevidas, além de prejuízos financeiros. Segundo uma pesquisa feita pela empresa de cibersegurança Silverguard, cada vítima que já sofreu com golpes virtuais perdeu, em média, R$ 3 mil.
Em muitos casos, a restituição dos valores roubados é lenta, burocrática, e não raras vezes a discussão vai parar na Justiça. Diante desse cenário, criou-se um mercado para proteger os consumidores: bancos e seguradoras passaram a oferecer coberturas contra danos causados por transferências fraudulentas.
Os valores cobrados começam em R$ 2,90 por mês e chegam a R$ 32,90, dependendo do tipo de cobertura e do montante segurado, que é definido na hora da compra do seguro, independentemente do número de transações indevidas.
— A vantagem de contratar um seguro para transações é a possibilidade de devolver o equilíbrio financeiro dos clientes que foram lesados — diz Carlos Eduardo Silva, membro da Comissão de Afinidades da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).
A venda do Seguro Pix cresceu seis vezes no banco Inter, desde seu lançamento, em janeiro de 2023. Além da cobertura para essas transações bancárias, há o seguro por prejuízos causados por operações não autorizadas em cartão de crédito ou débito, quando há roubo ou furto do cartão. Neste caso, a venda da cobertura duplicou nos últimos dois anos.
— São movimentações por Pix, e TEFs (Transferências Eletrônica de Fundos) ou compras realizadas por meio do aplicativo, nos casos em que a vítima tenha sofrido uso de força física ou grave ameaça física. O seguro também abrange, neste caso, pai, mãe, cônjuge, filhos ou irmãos da pessoa segurada. É necessário, porém, fazer um boletim de ocorrência na delegacia. A indenização é limitada às transações que ocorrerem até 48 horas depois da primeira transação indevida — destaca Thiago Bello, superintendente de Seguros do banco Inter.
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