O bilionário da soja Eraí Maggi, um dos principais nomes do agronegócio brasileiro, teve uma vitória em um processo em que o Grupo Bom Futuro, conglomerado que administra, é acusado de supostos crimes de estelionato, invasão de propriedade e crime ambiental. O caso tramita na Justiça de Mato Grosso e foi movido no ano passado pelo empresário Aniz Bechara.
Em novembro, Aniz Bechara acusou o Grupo Bom Futuro de ter invadido um terreno de 23 hectares de sua família no Mato Grosso e construído um aeródromo no local. Bechara pediu um inquérito criminal para investigar o caso, que classificou de “gravíssimo”. O Grupo Bom Futuro negou qualquer irregularidade e disse ter direito à terra.
O Grupo Bom Futuro é um conglomerado empresarial que Eraí fundou com os irmãos Fernando e Elusmar Maggi para administrar o cultivo de quase 600 mil hectares de soja e algodão e a criação de 130 mil cabeças de gado.
No último dia 4, a Polícia Civil descartou crimes no caso. A corporação não viu indícios dos crimes de estelionato ou invasão de propriedade. Quanto à discussão sobre a posse da terra, a polícia opinou que a tarefa cabe à Justiça Civil, e não Criminal. Bechara questionou a manifestação da polícia e pediu mais diligências no último dia 11.
Procurado, o Grupo Bom Futuro afirmou: “Não vamos nos pronunciar sobre o assunto fora dos autos”. A defesa de Aniz Bechara declarou que o conglomerado de Maggi tem uma conduta “muito peculiar, que afronta a lei e a ética, mas altamente lucrativa”, e reforçou as acusações de fraudes e crime ambientais contra a empresa.