Liberdade para usar drogas com objetivo de aumentar o desempenho “de forma aberta e honesta” em uma competição esportiva. Essa é a proposta do bilionário Peter Thiel, que vai ajudar no financiamento de “Olimpíadas com esteroides”.
Thiel faz parte de um grupo de elite dos bilionários do Vale do Silício, nos Estados Unidos. Ele se tornou um dos primeiros investidores de startups como Facebook e PayPal.
Agora, ele quer estar à frente dos Jogos Aperfeiçoados, como chama as tais Olimpíadas do doping liberado. A ideia nasceu de um famoso advogado chamado Aron D’Souza, defensor do uso livre de esteroides.
O lançamento oficial está marcado para 17 de abril deste ano e o objetivo é fazer bastante propaganda nos Jogos Olímpicos de Paris, em julho.
“Meu corpo, minha escolha, seu corpo, sua escolha”, afirmou D’Souza em entrevista ao New York Post. Para ele, essa filosofia também mostra toda a hipocrisia dentro da Olimpíada sem droga.
“Hipocrisia” das Olimpíadas
Segundo ele, nos Jogos Aperfeiçoados, os atletas podem usar qualquer tipo de substância que aprimore o desempenho. “Nas Olimpíadas […], 44% dos atletas olímpicos admitem usar substâncias proibidas, enquanto apenas 1% é pego”, apontou o polêmico advogado.
D’Souza também critica a quantidade de dinheiro usado nas Olimpíadas pelos governos locais e garante que os Jogos Aperfeiçoados seriam bancados unicamente pela iniciativa privada e seria muito mais barato. Ele conta, além de Thiel, com nomes como Christian Angermayer, do Apeiron Investment Group, e Balaji Srinivasan, ex-diretor de tecnologia da exchange de criptomoedas Coinbase.
Além disso, serviria para auxiliar a pesquisa de suplementos nutricionais e biohacks para o próprio aperfeiçoamento humano. O mentor dos jogos diz que os dados reunidos seriam “muito úteis para determinar compostos e terapias para prolongar a vida humana”.
Aron D’Souza garantiu que muitas cidades se ofereceram para ser sede, mas somente uma acabou escolhida – e ele não conta qual é. Mas ela receberá provas de natação, ginástica, levantamento de peso, atletismo e combate já em 2025.
“Os indivíduos deveriam ser capazes de fazer escolhas sobre o seu corpo e ninguém – seja uma federação desportiva ou o governo – deveria ser capaz de lhes dizer o que fazer a respeito”, continua D’Souza.