O Ibovespa registra forte baixa nesta quinta-feira (8/2). Às 13h40, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) recuava 1,24%, aos 128.585 pontos. A queda foi puxada pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, às 9 horas, pelo IBGE.
Em janeiro, o IPCA ficou em 0,42%, acima da mediana da previsão do mercado, que era de 0,34%. O problema, contudo, não se resumiu ao número, mas à qualidade dos dados que compõem o índice. Núcleos importantes da inflação, como o de serviços, também superaram as expectativas.
Para analistas ouvidos pelo Metrópoles, com o resultado, a inflação de janeiro desmantela previsões otimistas de um eventual aumento do ritmo de corte de juros no Brasil. “Não é nenhum colapso, mas o IPCA foi um balde de água fria para quem acreditava numa Selic abaixo de 9% no fim do ano”, diz Rafael Passos, analista e sócio da Ajax Asset Management.
Passos observa que, por volta das 13h30, o mercado já começava a alterar a previsão da Selic para 2024. Ela estava saindo do patamar de 9% para 9,4%, no início de 2015.
Nesta quinta-feira, os juros futuros também avançaram em consequência do IPCA. Às 9h10, pouco depois da divulgação do índice, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 ficou em 9,99%. No fechamento da quarta-feira (7/2), estava em 9,952%.