Bolsonarista, Seif explica ida a show da Madonna: “Esposa pediu”

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O senador bolsonarista Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, explicou sua presença na área VIP do show da cantora Madonna, no sábado (4/5), no Rio de Janeiro. Em áudio ao qual a coluna teve acesso, enviado a um amigo do senador, Seif diz ter ido ao show a pedido da esposa.

A ida de Seif ao show da popstar gerou mal estar entre a bancada bolsonarista no Congresso e críticas de eleitores de direita.

 

“O show, minha esposa me pediu. A artista que ela acompanha desde a juventude, gosta, a mulher está se aposentando, 40 anos de carreira. Está encerrando a carreira dela. Minha esposa, que está passando por essa fase terrível comigo, terrível, me falou: ‘Meu marido, eu gostaria de ver o encerramento da carreira artísitca da Madonna. Você pode me levar no Rio de Janeiro? Estou te fazendo um pedido. Você pode me levar?’ Quem que diria não à esposa, cara? Eu não diria não”, diz o senador.


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Irritado, Seif reclama das críticas e nega ter ido a Copacabana “fazer o L”. Ele comparou o show de Madonna aos artistas nacionais da música serteneja Zé Neto e Cristiano e Gustavo Lima.

“Gato por lebre. Ninguém imaginava que um show que se chama Celebration, ou seja, celebração da carreira para ouvir música, como a gente vai no Zé Neto e Cristiano, como a gente vai no Gustavo Lima, a gente gosta de ir a show juntos, somos um casal normal, pessoas normais que gostam de ouvir música, que gostam de se divertir. Chegou lá, virou um palco político, ideológico, partidário. Quer dizer agora que eu fui em Copacabana fazer o L, sou solidário com Anitta, com não sei mais o que, com Marina Silva, é isso? Você me conhece, meu amigo. Agora eu sou aliado de Lula, fui fazer o L em Copacabana?”, diz Seif.

O senador ainda admite ter sido “inocente” ao “não ver maldade” em ir ao show de Madonna. Seif diz ter ficado em frente ao palco até começar “o show de horrores” e depois ter se retirado.

“Eu sei. Pode me chamar de burro, inocente, tolo. Pode chamar, você tem todo o direito, porque eu realmente não vi maldade. Imaginei que fosse num show de música ouvir música. O que a gente fez? Fiquei 40 minutos com ela diante do palco e quando começou o show de horrores a gente saiu fora. Tem um restaurante ali do lado de onde a gente ficou. Ficamos ali, comemos, bebemos e depois fomos embora. Agora, fui tolo. Não imaginava”, conta, no áudio.

Para Seif, a esquerda tem aproveitado a polêmica em torno da sua presença no show para fazer “cortina de fumaça” para a votação de projetos de interesse do governo no Congresso.

“O que eles querem é fazer cortina de fumaça. Essa semana tem DPVAT, que eles querem criar mais imposto para o povo. Tem o veto da saidinhas que nós vamos derrubar. Eles querem é soltar bandido, tá certo? Tem negócio de marco temporal de terra indígena. Não liberaram o dinheiro de Santa Catarina da enchente do ano passado. Outubro. Prometeram um monte para o governador Jorginho Melo e não liberaram nem 10%”, critica o bolsonarista.

Na gravação, Seif também rebate as críticas da própria direita por ter ido ao show durante o desastre causado pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

“O que a gente fez pelo Rio Grande do Sul? Eu, enquanto parlamentar, enquanto cidadão, no primeiro dia eu liguei para o governador Eduardo Leite. Falei da minha solidariendade e que estava à disposição para o que ele precisasse. Ele me mandou o pix. Postei nas minhas redes sociais pedindo pix, fiz o meu pix”, argumentou Seif.

“Assinei a proposição do Senado que vai se levantar a urgência essa semana para liberação de recursos de emendas para os parlamentares e para o governo do Rio Grande do Sul para ajudar as pessoas quer estão necessitadas neste momento. Estou ajudando lá na compra de 15 botes infláveis para a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. Então, eu não sei se alguém fez mais do que eu, mas eu tenho me mexido estando em Brasília, em Santa Catarina ou no Rio de Janeiro”, diz o senador, no áudio.

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