O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), junto a aliados, convocou um ato para a manhã deste domingo (21/4) no Rio de Janeiro. Em fevereiro, Bolsonaro promoveu manifestação parecida, mas em São Paulo. Desta vez, o encontro será pela “defesa da democracia” brasileira, que estaria ameaçada e perto de “se tornar uma ditadura”, segundo o ex-presidente.
O evento ocorre durante um feriado emendado no estado do Rio, já que terça-feira (23/4) é Dia de São Jorge, e em meio às investidas do bilionário Elon Musk contra o Supremo Tribunal Federal (STF), mirando especialmente o ministro Alexandre de Moraes, desafeto de Bolsonaro.
Além do ex-presidente, diversos políticos bolsonaristas fizeram convocações para o ato, como o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Carol de Toni (PL-SC), Zucco (PL-RS), e Júlia Zanatta (PL-SC). A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) também fez chamadas pelas redes sociais.
Como mostrou a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, Bolsonaro deseja colocar um dos filhos para discursar durante o evento. O vereador Carlos Bolsonaro (PL) está descartado, para não configurar propaganda antecipada, já que ele é cotado para concorrer a um novo mandato.
Dessa forma, o ex-presidente escolherá entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Musk e STF
Bolsonaro segue tecendo críticas contra o STF e seus ministros, assim como fez em seu tempo à frente da Presidência.
Em fevereiro, ele acusou a Corte de tirar “o Lula da cadeia e depois o tornou elegível. E, depois, o STF, que três dos seus ministros compõem o Tribunal Superior Eleitoral, também trabalharam para eleger Lula a qualquer preço. Acabaram as eleições, e ninguém entende como Lula da Silva ganhou as eleições”.
As alegações do ex-presidente encontraram apoio de Musk. Na quinta-feira (18/4), o bilionário escreveu no X (antigo Twitter), rede da qual ele é dono, que “De Moraes definitivamente interferiu nas eleições do Brasil”.