O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insinuou, sem provas ou qualquer evidência, que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) poderiam ter recebido milhões de dólares para fraudar as eleições.
A fala aconteceu durante uma reunião com “dinâmica golpista”, em julho de 2022, diante de ministros de seu governo. Na reunião, o então presidente questiona as urnas eletrônicas e sugere medidas para impedir supostas fraudes nas eleições.
“Olha o Fachin, esses caras não têm limite. Eu não vou falar que o Fachin está levando R$ 30 milhões de dólares. Que o Barroso está levando R$ 30 milhões de dólares. Que o Alexandre de Moraes está levando R$ 50 milhões de dólares. Não vou falar. Não tenho para esse lado. Não tenho prova, mas algo esquisito está acontecendo”, declarou o ex-presidente na reunião.
Veja o vídeo:
Bolsonaro elogia a OAB
As declarações aconteceram após ele sugerir o uso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para evidenciar a suposta fraude nas urnas. O então presidente diz que tem gente na OAB que “a gente vê com bastante alegria”.
O vídeo da reunião estava no computador apreendido do ex-chefe da ajudância de ordem da presidência, tenente-coronel Mauro Cid. A gravação se tornou pública após operação da PF na quinta-feira (8/2) contra uma tentativa de golpe de estado que teria sido arquitetada pelo grupo do ex-presidente.