Érika de Souza Vieira Nunes, presa após levar o suposto cadáver de um parente, identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos, a uma agência bancária em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, passa por audiência de custódia nesta quinta-feira (18/4). A audiência está marcada às 13h.
Ela é acusada pela polícia por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. O Metrópoles confirmou a informação.
O caso aconteceu nessa terça-feira (16/4), quando a suspeita teria ido ao banco com o corpo do tio para sacar um empréstimo de R$ 17 mil. No momento do procedimento, funcionários desconfiaram da situação e chamaram a polícia e o serviço de assistência médica.
Em uma das imagens divulgadas nas redes sociais (veja abaixo), Érika aparece segurando a cabeça de Paulo e conversando com ele: “Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. […] Ele não diz nada, ele é assim mesmo”. A funcionária do banco reagiu: “Ele não está bem”.
Veja:
Polícia fala em cadáver; defesa nega
A defesa de Érika alega que Paulo “chegou vivo” à agência bancária. A advogada Ana Carla de Souza Corrêa argumentou que há testemunhas capazes de atestar que o homem estava vivo. Porém, a polícia nega essa hipótese.
O laudo da perícia mostra que o homem morreu por broncoaspiração e falência cardíaca, segundo a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles. Mesmo com essa conclusão, o documento não informa se ele foi levado morto ao banco.
Conforme o Instituto Médico Legal (IML), Paulo era “previamente doente, com necessidades de cuidados especiais” e estava desnutrido. No momento, os peritos aguardam “exames toxicológicos para determinar se houve fator externo contribuinte para a morte com drogas”.