Brasilienses que procuraram uma casa de festas à beira do Lago Paranoá para a chegada de 2024 reclamaram de diversos problemas durante o evento na noite de domingo (31/12). Falta de comida, copos vazios e até uma promessa não cumprida de fogos de artifício na hora da virada foram alguns dos perrengues enfrentados pelo público.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, uma pessoa registrou o momento em que a contagem regressiva para 2024 chega ao zero, mas sem a pirotecnia tão aguardada. “Cadê os fogos?”, indagou uma mulher.
Veja:
Nas imagens, é possível ver várias pessoas com celulares nas mãos aguardando a queima dos fogos. Algumas se abraçam, outras se cumprimentam e nada do show luminoso. O vídeo segue por quase 40 segundos após a meia-noite.
Prato vazio e taça seca
Conforme relatado ao Metrópoles, no mesmo evento, que supostamente seria open bar, bebidas não foram servidas.
A promessa de um buffet com salgados variados, feitos por chefes renomados, também deixou a desejar. Isso porque o tal banquete oferecido se limitou a mini enroladinhos de salsicha, coxinha de milho, quibe e churros para celebrar a virada do ano.
Nem a tradicional queima de fogos a festa proporcionou aos pagantes. O evento teve seis lotes de venda, iniciando com R$ 150. Em um dos vídeos da comemoração, os participantes estão na frente ao Lago Paranoá, com os celulares a postos e flashes ligados. Uma pessoa grita “Feliz Ano-Novo”, mas em seguida pergunta “Cadê os fogos?” e encerra a fala com um palavrão, ao perceber que não veria o show pirotécnico pelo qual pagou.
Revoltados, os pagantes organizaram um grupo, que já tem quase 300 pessoas, e um abaixo-assinado para exigir o reembolso do ingresso.
Em uma publicação, a casa de festas negou envolvimento com o evento e informou que apenas aluga o espaço. A reportagem também tentou contato com a empresa responsável pela festa, mas até última atualização deste texto não teve resposta.
Réveillon silencioso
Na Esplanada dos Ministérios, a chegada de 2024 foi acompanhada de até 21 minutos de fogos de artifícios silenciosos.
Esse foi o primeiro Réveillon no DF sem os estrondos sonoros. A medida seguiu a Lei distrital nº 6.647, de 17 de agosto de 2020, que proíbe o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos ou qualquer artefato pirotécnico que produza estampidos na capital federal
De acordo com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, os fogos silenciosos permitem, também, respeitar crianças, pessoas dentro do espectro autista que possuem sensibilidade sonora e animais que também são afetados pelo alto barulho.