Cadernos secretos expõem escândalos da realeza de Mônaco

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Todo dia surge um novo capítulo bombástico sobre os bastidores da realeza de Mônaco. Desta vez, o novo escândalo envolve o príncipe Albert, seus associados de confiança e até a princesa Charlene. Entre as revelações, estão a atribuição de até US$ 650 mil anuais em fundos especiais para “missões secretas” e “atividades paralelas”.

As informações comprometedoras sobre o principado de Mônaco vieram a público após uma jogada arriscada de Claude Palmero, ex-contador do Príncipe Albert, que foi destituído de seu cargo ano passado, após 22 anos de serviço com acusações de roubo.

Além de negar ter realizado qualquer desvio, ele forneceu notas detalhadas sobre os segredos do palácio ao jornal francês Le Monde.

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O contador entregou, no total, cinco diários, contendo dados financeiros e outros escândalos. Em contrapartida, o material rendeu ao jornal uma série de quatro partes, intitulada “A queda do homem que sabia demais”.

De acordo com o relato, Palmero perdeu uma luta pelo poder para os conselheiros de Albert e para o poderoso incorporador imobiliário de Mônaco, Parice Pastor. Na época, o site Les Dossiers du Rocher revelou uma suposta corrupção dentro do círculo íntimo do príncipe, além de acusações de lavagem de dinheiro.

Os cadernos secretos também acabaram revelando um lado mais obscuro do príncipe de 65 anos, que chegava a financiar missões secretas da polícia para obter informações e recuperar fotos comprometedoras. As ex-amantes e os filhos ilegítimos, também recebiam dinheiro. Tudo por meio de uma conta secreta, registrada em um banco francês.

Príncipe Albert II de Mônaco

Para onde vai o dinheiro?

Os registros de Palmero mencionam as mesadas e pagamentos feitos aos parentes legítimos e ilegítimos do príncipe Albert. As princesas Caroline e Stephanie recebem cerca de US$ 780 mil e US$ 690 mil, respectivamente, por ano. O irmão de Charlene, esposa de Albert, e os seus filhos também têm direito a uma “fatia do bolo”.

Princesa Charlene, príncipe Albert, Gabriella e Jacques

Jazmin Grace, filha reconhecida do príncipe, também recebe uma mesada anual, assim como Alexandre Grimaldi-Coste, outro filho de Albert. Segundo as informações expostas, ela mora em um apartamento em Nova York, Estados Unidos, comprado pelo pai.

A princesa dos excessos

Os cadernos secretos de Palmero também evidenciam os gastos extraordinários da princesa Charlene, com quem Albert vive um casamento conturbado. Detalhes mostram que, em dezembro de 2019, ela já havia gastado cerca de US$ 16 milhões em oito anos.

Segundo as informações, Charlene também recebe um subsídio anual de cerca de US$ 1,6 milhão do príncipe. Nos cadernos, Palmero descrevia a preocupação com os hábitos descontrolados de consumo da princesa, incluindo a contratação de babás imigrantes ilegais, sem vistos, passaportes ou direitos trabalhistas.


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