Ceará: conversas mostram que vereador monitorava vítima de assassinato

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Mensagens mostram que o vereador Neto Carneiro (PL-CE), lotado na Câmara Municipal de Choró e preso, nessa segunda-feira (29/1), por encomendar a morte de um homem, monitorava a vítima dias antes do crime para comparsas.

Em um bate-papo no WhatsApp, o parlamentar indicava a localização da vítima, em Quixadá, interior do Ceará — local do assassinato. As conversas foram reveladas pelo g1, nesta quarta (31/1).

“Tá tudo em paz. Mais para tudo tem jeito. Uma informação quentinha. Danilo tá no Jatobá. Na Hilux branca”, escreveu Neto Carneiro.

De acordo com inquérito policial, o vereador teria participado do crime para vingar o assassinato do irmão, Edmar Carneiro, morto em agosto de 2023 em um bar de Jatobá, em Quixadá.


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O assassinato

A ação do grupo foi registrada por câmeras de segurança de um posto de gasolina no bairro Cohab, em Quixadá, interior do Ceará. Nas imagens, é possível ver que um homem se aproxima de uma mesa e efetua diversos disparos contra a vítima.

Identificado como Danilo André Vieira, o “Danilo Valentão”, ele tinha 36 anos e foi executado a tiros em um comércio, segundo informações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE).

Ainda na segunda, o vereador e mais três suspeitos — dois homens e um adolescente de 17 anos— foram capturados pela Polícia Militar do Ceará (PMCE). A informação foi confirmada pelo Metrópoles.

Com o grupo, a polícia apreendeu duas pistolas e 23 munições. Os adultos enfrentam a acusação de homicídio doloso e o menor por ato infracional análogo ao mesmo crime.

Suspeitos:

  • Neto Carneiro: vereador da cidade de Choró
  • Carlos Henrique da Silva FLor, de 30 anos: ficha tem passagens por roubo e tráfico de drogas
  • Francisco Felipe de Lima Nascimento, de 21 anos: ficha com pasasgens por porte ilegal de arma de fogo
  • Adolescente, de 17 anos: com atos infracionais por tráfico de drogas e porte ilegal de arma

Vereador nega participação no crime

Procurados pelo Metrópoles, a Câmara Municipal de Choró informou que Neto Carneiro “negou ter participado de qualquer ato criminoso”.

“O vereador alega ter sido coagido a conduzir os acusados, mediante ameaça com arma de fogo e sem saber do que se tratava”, diz trecho da nota de esclarecimento.

O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa do parlamentar e dos demais envolvidos até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

https:metropoles

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