Cerca de 70% de empresas do Brasil sofreram ataque cibernético e sequestro de dados em 2022 | Brasil

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No ano passado, quase 70% das empresas brasileiras ouvidas por uma pesquisa internacional sofreram ataques de ransomware, que são crimes digitais nos quais hackers “sequestram” dados e sistemas de companhias e órgãos públicos. Os dados são criptografados, e os criminosos exigem resgate para devolvê-los. É o que mostra o relatório anual The State of Ransomware da Sophos, empresa global especializada em cibersegurança.

O total de registros em 2022 foi 13% superior aos do ano anterior, segundo a sondagem, que entrevistou líderes de empresas de médio porte em 14 países, incluindo 200 organizações no Brasil. Entre as empresas brasileiras, 68% reportou ter sido vítima de ataque.

Segundo o relatório, 85% das empresas privadas atingidas por ransomware no Brasil disseram que o ataque teve impacto negativo na sua receita. Quatro empresas brasileiras entrevistadas pela Sophos revelaram ter pago entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões (algo entre R$ 4,94 milhões e R$ 24,7 milhões) aos hackers para terem seus dados recuperados.

Fora o preço de resgate, o relatório apontou que o gasto das companhias, em média, para se recuperar de um ataque de ransomware foi de cerca de US$ 1,92 milhão (R$ 9,49 milhões) no Brasil em 2022, o que inclui custos com o tempo de inatividade, funcionários e tecnologia.

— Os custos dos incidentes aumentam significativamente quando as empresas pagam os resgates. A maioria das companhias vítimas não conseguirá reaver todos os arquivos simplesmente comprando senhas de criptografia. Elas também precisam reconstruir e recuperar os backups – comenta o CTO de Pesquisa Aplicada da Sophos, Chester Wisniewsk: — O pagamento do ransomware não apenas enriquece os criminosos, mas também retarda a resposta a incidentes e aumenta os gastos de uma situação que já é muito cara.

O Brasil foi o sexto país que mais registrou ataques de ransomware em 2022, e o relatório aponta que os ataques devem continuar em alta no próximo ano.

— Muitas empresas no Brasil ainda têm uma maturidade de segurança baixa e são fáceis de serem atacadas. Outro ponto é que o Brasil é um dos países que mais pagam resgate, algo que os criminosos buscam — explica André Carneiro, diretor geral da Sophos no Brasil.

Pessoas físicas também estão sujeitas a ataques de ransomware, diz Carneiro. Para se prevenir, é importante ter um antivírus em aparelhos como computador e celular. Esse tipo de solução é capaz de bloquear ataques que podem vir de softwares maliciosos instalados no computador. Também é importante evitar clicar em links suspeitos na internet, que costumam estar presentes em e-mails de spam e sites de conteúdo pirata, por exemplo, e instalam esses malwares, espécie de software malicioso que facilitam a ação de golpistas virtuais.

As informações são do site Extra.

https://18horas.com.br

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