São Paulo — Apesar da orientação do Ministério da Saúde para ampliar a faixa etária de vacinação contra a dengue com os imunizantes que vencerão no próximo dia 30, a cidade de São Paulo continuará aplicando as doses em crianças de 10 a 14 anos, informou a Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta-feira (18/4).
Segundo a pasta, há apenas 720 doses com prazo de validade até o fim do mês, que serão aplicadas antes do dia 30. Os demais imunizantes já foram aplicados.
“Neste momento, a capital permanecerá com os mesmos grupos elegíveis para aplicação da vacina contra a dengue, que são crianças de 10 a 14 anos, que residem ou estudam na cidade”, afirmou a secretaria.
Estratégia do ministério
Na quarta-feira (17/4), o Ministério da Saúde adotou uma estratégia temporária para aplicação das vacinas da dengue que estão próximas do vencimento. Foi definido que os municípios que ainda tiverem com um alto número de doses a vencer em 30 de abril, poderão ampliar a vacinação para a faixa etária de 6 a 16 anos.
Caso os municípios permaneçam com baixa adesão na campanha de vacinação, as doses próximas ao vencimento ainda poderão ser ampliadas ao público especificado na bula da vacina da dengue, que vai dos 4 aos 59 anos. Essa medida só deverá ser adotada em caso de necessidade, para que não haja perda do imunizante, segundo o órgão.
Aqueles que forem contemplados por meio desse plano de ação terão a segunda dose garantida. O Ministério da Saúde reforça que a orientação tem caráter excepcional para otimizar a aplicação do imunizante.
“Precisamos lembrar que essa estratégia é apenas para as vacinas que possuem prazo de validade em 30 de abril. Ou seja, as cidades que não tiverem mais doses desse lote permanecem com o público recomendado anteriormente, de 10 a 14 anos”, disse o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
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Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção da dengue
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de conscientização da população sobre a importância de medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes e instalação de telas em janelas e portas.