O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu antecessor, Donald Trump, já conseguiram votos suficientes nas primárias para as nomeações de seus respectivos partidos para as eleições presidenciais de 2024. Agora, eles avançam em uma “revanche” eleitoral que vai reviver a disputa de 2020.
Biden e Trump alcançaram o número de delegados necessários para concorrer às eleições pelos partidos Democrata e Republicano, com 2.015 e 1.228 delegados, respectivamente. O atual presidente dos EUA venceu as prévias nas Ilhas Marianas do Norte e nos estados da Georgia e do Mississippi para garantir que não pode mais ser alcançado. Donald Trump também venceu nos dois estados.
Além disso, ambos foram vencedores da Superteça, ocorrida no dia 5 deste mês. Mais de 15 estados foram às urnas nessa data.
A partir de agora, o caminho para a vitória em novembro apresenta desafios para ambos.
Joe Biden
Em comunicado após a confirmação de seu nome na disputa, Biden comemorou a nomeação ao mesmo tempo em que classificou Trump como uma séria ameaça à democracia.
“Trump está conduzindo uma campanha de ressentimento, vingança e retribuição que ameaça a própria ideia de América. Estou honrado que a ampla coalizão de eleitores que representam a rica diversidade do Partido Democrata em todo o país tenha depositado sua fé em mim mais uma vez para liderar nosso partido, em um momento em que a ameaça que Trump representa é maior do que nunca”, disse.
Apesar de ter ido relativamente bem durante as primárias, Biden, aos 81 anos, enfrenta um sentimento de decepção com seu desempenho como presidente, inclusive entre alguns de seus apoiadores mais leais, que o julgam “velho demais” para continuar no poder.
Três anos após a posse, a porcentagem de norte-americanos que aprovam a forma como ele conduz o seu trabalho como presidente caiu mais de 20 pontos percentuais, de 61% no início de 2021 para 38% no mês passado, segundo pesquisa da AP-NORC. Com sua coalizão desgastada, Biden deve reunir esforços para reconstruir o entusiasmo, tanto dentro de sua base como entre os que o apoiaram em 2020.
President Biden Attends National Prayer Breakfast On Capitol Hill
President Biden Meets With Italian PM Giorgia Meloni At The White House
President Biden Honors Medal Of Valor Recipients In The East Room Of The White House
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Presidente Joe Biden em 2º discurso ao estado da união
Jonathan Newton/The Washington Post via Getty Images
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Donald Trump
Em vídeo publicado nas redes sociais, Trump se pronunciou sobre a nomeação e fez críticas a Joe Biden.
“Um grande dia de vitória, mas agora temos que voltar ao trabalho porque temos o pior presidente da história do nosso país. Então, não vamos perder tempo para comemorar. Comemoraremos em oito meses, quando a eleição terminar”, disse o republicano sobre Biden.
Trump enfrenta sua própria série de obstáculos, incluindo preocupações legais e questões sobre sua capacidade de expandir seu apelo para além de sua base conservadora.
Além disso, o eleitorado republicano conservador que Trump conquistou nas primárias não é igual ao conjunto de eleitores que precisará conquistar até novembro.
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A falta de apoio entre os moderados e independentes, aliada às contínuas controvérsias sobre sua conduta passada e seus planos futuros, pode dificultar sua capacidade de convencer os eleitores necessários para uma possível vitória.
Calendário das eleições
Apesar das nomeações de Biden e Trump, as primárias ainda não acabaram. Segundo o calendário de eventos eleitorais, a previsão é que estas terminem em 4 de junho.
As convenções republicanas e democratas, que ocorrem nos meses de julho e agosto, vão reunir membros de cada partido para oficializar a escolha do candidato à presidência, discutir estratégias e mobilizar apoio para a eleição.
Outubro e novembro serão marcados por debates entre candidatos a presidente e vice, e, enfim, o dia da eleição.
Confira o calendário completo: