Com o TCE-AM divididido, grupo dominante flerta com o perigo

FAMOSOS


A manifestação de um grupo de mulheres em frente a sede do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas nesta quarta-feira, com faixas e gritos de ordem pedindo o afastamento do conselheiro Ari Moutinho, revela a politização, na origem, do imbróglio envolvendo  Ary e a presidente Yara Lins. As manifestantes chegaram em ônibus, o que indica que alguém está insuflando. 


Acusar Ary Moutinho de misógino é desconhecer o sentido da palavra e anabolizar um erro de conceito, o que também demonstra, a um só  tempo, hipocrisia e cinismo. 


Não é difícil concluir a gama de interesses por trás disso tudo: abertura de vaga no tribunal ao gosto do grupo dominante e um projeto de poder que se estende às eleições de 2026.


Ao tempo em que aprimora a tática de mobilização contra um conselheiro, o grupo desestabiliza o tribunal e flerta com o perigo.


Sem perceber, abre a Caixa de Pandora, que deve expor seus males e vícios. Essa é a maior ameaça ao tribunal, agora com os conselheiros desafiados a revelar seus bens, para dissipar suspeitas de enriquecimento ilícito, segundo Ary Moutinho, além de publicarem os processos que responderam ou respondem.


Ary toca em calcanhares de Aquiles, que ninguém parece disposto a expor, pelos riscos que representa. Mas a sociedade merecia dos conselheiros – os 7 que compõem a Corte de Contas, essa atitude. Afinal, todos sabem que a exigência de “notório saber jurídico” para chegar  ao cargo de conselheiro do TCE  é um conto de carochinha, que ninguém engole. Mas o requisito da “idoneidade e reputação ilibada” não pode ser  ignorado. É uma exigência fundamental, inegociável. 


Portanto, o desafio colocado por Ary  se transformou em um desafio coletivo e deve ser imediatamente aceito, como prova de que nenhum conselheiro  tem manchas a esconder



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