As condições de armazenamento de cada alimento variam, principalmente, a depender do conteúdo. Quanto maior a atividade da água no alimento, menor tende a ser o tempo de conservação.
Frutas e vegetais, aves e pescados são exemplos de alimentos com maior atividade da água e, consequentemente, maior risco para deterioração microbiana. Por outra via, alimentos como frutas secas, farinha de trigo e queijo parmesão possuem baixa atividade de água, prolongando a vida e o tempo de consumo.
Normalmente, os alimentos vencidos irão apresentar aspectos visuais ou até de odores que logo são de se desconfiar. Entretanto, nem sempre é possível detectar, de pronto, a putrefação dos alimentos, é aí que mora o perigo.
Existem mais de 250 tipos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), conhecidas como intoxicação ou infecção alimentar, e 1 em cada 10 pessoas adoece por DTHA no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nem sempre a comida vencida pode ser definida como aquela cujo prazo de validade expirou. Além disso, todo alimento produzido e conservado de forma inadequada também pode ser considerado “vencido”.
Logo, a falta de higiene, a manipulação em ambientes inadequados e a refrigeração inadequada também são fatores que influenciam na qualidade de conservação da comida.
Se você suspeita ter sido vítima desse tipo de comida, sem perceber, os sintomas costumam aparecer horas após a ingestão e o quadro pode durar de cinco até 15 dias.
Os principais sintomas são: náusea, vômito, cólicas, diarreia, falta de apetite e febre. Por isso, esteja atento aos principais alimentos causadores de DTHA como ovos crus, carnes e peixes crus e mal passados, frutos do mar, leite não pasteurizado, bolos, tortas ou salgados recheados com maionese e molhos que estejam em temperatura ambiente, água não filtrada e outros.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica