Comprimido para emagrecimento em teste leva à perda de peso em 28 dias

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A farmacêutica Viking Therapeutics informou, nessa terça-feira (26/3), que a versão em comprimidos diários de seu medicamento para emagrecimento levou à redução de peso dos voluntários em apenas 28 dias.

Batizado provisoriamente de VK2735, o medicamento foi desenvolvido para o tratamento de distúrbios metabólicos, como a obesidade. Os resultados apresentados são da fase 1 do estudo clínico, realizada com 45 voluntários.

O VK2735 pertence à mesma classe de medicamentos injetáveis como o Ozempic e o Wegovy, fabricados pela Novo Nordisk. Ele é um análogos do GLP-1, hormônio secretado pelo organismo para gerar a sensação de saciedade.

O CEO da empresa norte-americana, Brian Lian, acredita que o medicamento poderia representar uma opção mais atraente para os pacientes com obesidade que não se adaptam ao tratamento com medicamentos injetáveis.

No fim de fevereiro, a empresa informou que a versão injetável do VK2735 levou à mesma perda de peso de concorrentes como o Ozempic, Wegovy e Mounjaro até cinco vezes mais rápido.


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Perda de peso em quatro semanas

Os participantes que tomaram o comprimido do VK2735 com a dose mais alta do medicamento (40mg) tiveram uma redução de 3,3% do peso em 28 dias, em comparação aos que receberam um placebo. A meia dose do medicamento ajudou os pacientes a perderem em média 1,1% do peso no período do experimento.

Uma avaliação adicional dos dados dos participantes mostrou que até 57% das pessoas tratadas com VK2735 perderam 5% ou mais do peso depois das quatro semanas da pesquisa. Nenhum voluntário do grupo placebo conseguiu chegar ao mesmo patamar de emagrecimento.

A empresa acredita que o tratamento com duração superior a quatro semanas pode levar a maior perda de peso dos pacientes.

“Esses resultados da fase 1 destacam a promissora perda de peso precoce e o perfil de tolerabilidade do VK2735 quando administrado como comprimido oral”, afirma Lian em comunicado à imprensa.

O estudo demonstrou que o medicamento tem bons níveis de segurança e tolerabilidade dos pacientes, com efeitos colaterais de gravidade leve a moderada, como náuseas e diarreia.

A empresa informa que planeja testar doses mais altas do remédio e começará a fase 2 do estudo no segundo semestre deste ano.

Em uma teleconferência para anunciar os resultados, os pesquisadores sugeriram que o comprimido poderia ser uma opção para os pacientes que já alcançaram uma grande perda de peso com uma versão injetável e precisam apenas manter os resultados.

“Se alguém não quiser começar com uma terapia injetável, talvez possa iniciar com uma oral por algum período temporário”, acrescentou Lian.

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