São Paulo — Mais de dois anos depois de assumir a administração do Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, a concessionária Viva o Vale não cumpriu com diversos encargos relacionados no contrato com a prefeitura. No total, foram notificadas multas no valor de R$ 1,7 milhão.
O valor corresponde a oito penalidades médias e graves aplicadas pela prefeitura à concessionária. A informação é da Folha de S.Paulo e foi confirmada pelo Metrópoles.
Faltam no Vale do Anhangabaú a instalação de banheiros e bebedouros, a ativação dos quiosques de alimentação e a implementação de sistema de monitoramento eletrônico e guaritas de vigilância.
Em nota enviada ao Metrópoles, a Concessionária Viva o Vale afirmou que as questões mencionadas estão sendo tratadas diretamente com a prefeitura.
As multas, de acordo com a concessionária, ainda têm partes pendentes de análise e a Viva o Vale recorreu das decisões de aplicação das penalidades. Os recursos estão em análise, segundo a prefeitura.
A Secretaria Municipal das Subprefeituras informou, em nota que mantém o rigor na fiscalização e o amplo direito de defesa da empresa concessionária.
Novo Anhangabaú
O espaço é administrado pelo consórcio Viva o Vale desde dezembro de 2021. A concessionária é responsável, pelo período de 10 anos, pela manutenção, preservação e realização do calendário de eventos socioculturais na área.
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Antes da concessão, a prefeitura de São Paulo investiu R$ 105,6 milhões na refoma do Vale do Anhangabaú. As obras, inicialmente haviam sido orçadas em R$ 80 milhões. No entanto, o preço final foi 32% maior que o esperado.
O área do que é chamado de Novo Anhangabaú engloba, além do Vale, o baixo do Viaduto do Chá, Praça Ramos de Azevedo, trecho da Av. São João, Praça do Correio, escadaria da Rua Dr. Miguel Couto, Avenida São João entre a Avenida Ipiranga e a Rua São Bento, além de 8.730 m² das Galerias Formosa e Prestes Maia.