Além de delicioso, o doce que virou o símbolo da Páscoa carrega boas doses de compostos benéficos à saúde. Mas os bons efeitos podem ser neutralizados por outras substâncias presentes no chocolate, como o açúcar e as gorduras. Por isso, o consumo deve ser sempre moderado e inserido em uma dieta equilibrada.
A Agência Einstein ouviu especialistas para orientar sobre como degustar a guloseima sem colocar a saúde em risco. Confira sete dicas a seguir:
1 – Consuma pequenas quantidades
“A moderação é a chave para o consumo”, diz o nutrólogo Diogo Toledo, do Hospital Israelita Albert Einstein. Embora possa oferecer benefícios à saúde, o chocolate também é rico em calorias, açúcares e gorduras, dependendo da composição. Por isso, não há uma quantidade ideal definida e tudo depende de fatores como as necessidades calóricas e nutricionais individuais, a rotina, a prática de atividade física e demais hábitos da pessoa.
“Mais importante do que o ‘quanto’ é o ‘como’”, afirma a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein. “O consumo deve acontecer eventualmente, quando houver o desejo, e então apreciado com atenção plena, respeitando as sensações de fome e saciedade.” O ideal é evitar excessos e ingerir apenas uma pequena quantidade, no máximo de 20 a 30 g diários, o que equivale a dois ou três quadradinhos de uma barra de chocolate, dependendo da marca.
2 – Escolha produtos com alto teor de cacau
A recomendação é optar sempre pelo chocolate amargo, com no mínimo 70% de cacau, devido ao maior teor de flavonoides (substâncias com ação antioxidante e anti-inflamatória). “Os estudos sugerem que esses compostos podem melhorar a saúde cardiovascular e os níveis de colesterol”, diz Toledo.
Quanto maior o teor, menor a quantidade de açúcar. As versões ao leite têm menos cacau e o branco não traz os benefícios do cacau presentes nos demais.
3 – Prefira o chocolate amargo para mais saciedade
Esse tipo promove maior saciedade do que a versão ao leite e pode ajudar a diminuir a compulsão por doces e alimentos gordurosos. Para quem está controlando o peso, a melhor escolha é sempre o amargo, com 70% de cacau ou mais, consumido em pequenas porções e ocasionalmente.
4 – Preste atenção nos ingredientes
Produtos com outros itens, como castanhas e frutas secas, podem agregar vantagens nutricionais (fibras, proteínas e gorduras saudáveis). “Porém, também podem somar calorias para quem está de olho no peso”, lembra Toledo. Se for o caso, quanto menos ingredientes adicionados, melhor.
5 – Não ofereça doces aos mais novinhos
Menores de 2 anos não devem consumir açúcar e chocolate, principalmente ao leite, que tem alto teor de açúcar. Acima dessa idade, pode-se optar por versões com menor quantidade de açúcar e mais cacau e evitar aquelas com recheios e coberturas adicionais.
“Além de serem opções mais saudáveis, isso ajuda a educar o paladar desde criança e evita a exposição constante aos sabores extremamente doces”, diz a nutricionista do Einstein.
“As crianças devem aprender a associar o consumo de chocolate e outros doces a situações esporádicas, como festas e aniversários, e não como parte da rotina. Os pais devem incentivar o verdadeiro sentido da Páscoa desde cedo e não associar a comemoração ao chocolate”, orienta Toledo.
6 – Leia o rótulo do produto
Preste atenção nos ingredientes e valores nutricionais. Escolha o chocolate com mínimas quantidades de açúcar adicionado e gorduras trans e com menor valor calórico.
7 – Siga as orientações médicas se tiver alguma condição de saúde
Pessoas com condições como diabetes, obesidade ou alergias devem consultar um profissional da saúde para uma orientação mais personalizada. Embora o doce não seja proibido nesses casos, é indispensável consumir de acordo com o plano estabelecido por seu médico, especialmente no caso dos portadores de diabetes, que precisam fazer o controle da glicemia.
Os especialistas explicam ainda que é sempre preferível optar pelos produtos de alto teor de cacau e baixo teor de açúcar, e em pequenas quantidades. Além disso, hoje existem diversas opções de chocolate sem açúcar, adoçadas com adoçantes artificiais e/ou naturais.
Fonte: Agência Einstein
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