Crianças obesas têm o dobro de risco de esclerose múltipla, diz estudo

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Um estudo feito por pesquisadores suecos mostrou que a obesidade na infância está associada a mais que o dobro do risco de desenvolver esclerose múltipla no início da fase adulta.

O estudo completo será apresentado apenas no Congresso Europeu sobre Obesidade, em maio, mas foi adiantado pelos pesquisadores em comunicado à imprensa. O levantamento apontou que ter um IMC (a razão do peso sobre o dobro da altura) elevado na pré-adolescência aumenta o risco de desenvolver esclerose múltipla (EM) em 2,3 vezes.

A esclerose múltipla é uma doença que debilita os neurônios, removendo parte de seus revestimentos (bainhas de mielina), o que facilita a morte deles. A doença pode ser motivada tanto por gatilhos genéticos como por doenças virais (especialmente o vírus da mononucleose) e tabagismo.


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Como foi feita a pesquisa?

Os autores analisaram dados de 21 mil crianças com idade média de 11 anos, todos eles no início de tratamento contra a obesidade, e avaliaram como o seu histórico de saúde progrediu. Os pesquisadores acompanharam os pacientes entre 1995 e 2020 e compararam seus dados de saúde com os da população geral.

Durante o acompanhamento, 0,13% dos jovens pesquisados desenvolveram esclerose múltipla em comparação com apenas 0,06% da população geral. Os cientistas excluíram os dados de pacientes que tinham relações genéticas que pudessem justificar o aparecimento da doença, o que levou ao dobro de chances de ter a EM por conta do sobrepeso.

O que leva ao aumento do risco de esclerose múltipla?

Segundo os pesquisadores, a explicação para essa relação é que a obesidade pediátrica está associada a um estado inflamatório persistente de baixo grau no organismo, o que pode engatilhar a formação da esclerose múltipla.

“Existem vários estudos que mostram que a EM aumentou ao longo de várias décadas e acredita-se que a obesidade seja um dos principais impulsionadores deste aumento”, afirmaram os autores em comunicado à imprensa.

Os cientistas ainda destacaram que o estudo reforça evidências anteriores de que a obesidade no início da vida adulta aumenta o risco de uma infinidade de doenças, incluindo doenças cardíacas e diabetes.

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