Certa espécie de mamífero se disse e acreditou ser sapiens! Colocou-se, arrogante, acima das demais, cuja extinção em massa tem provocado. No processo, destrói também suas próprias condições de vida!!
O suposto sapiens não aprende! Continua a fazer as mesmas coisas que causam tal destruição, uma forma de genocídio!!! E o faz por quê? Para quê? Se sobressair? O faz sem saber ou recusando-se a saber? Ciente, mas enganando-se? Constrangido a optar por ignorar a realidade? A história oficial diz que é para melhorar a qualidade de vida, mas mantém 70% da sua espécie em abjeta pobreza!
Extinguir ou tentar extinguir povos é crime; exterminar espécies também deveria ser, com agravante! Afinal, em cada espécie há muitos povos.
São apenas alguns dias de treinamento, ou talvez poucos meses, e os rebentos de quase todas as espécies aprendem a sobreviver, e sobrevivem, cientes de que um predador pode interromper sua trajetória. Os autonomeados sapiens levam décadas para aprender o básico, e a grande maioria mal consegue sobreviver! E, no processo, o sapiens se condena à extinção, não em decorrência do surgimento de um novo predador, mas em razão de suas próprias ações. Sapiens?
Mais que sapiens, é necessário que nós os membros dessa espécie nos tornemos “humildes aprendizes”! De Homo Sapiens a Homo Humilis Discipulus! Deixar a arrogância de lado e passar a aprender com as iterações dos diversos elementos da biosfera, de forma a nos tornarmos resilientes como ela é! Ou era, pois as ações daqueles “sábios” estão a detonar as bases da vida!
Parece, dizem os cientistas, que ainda há tempo para evitar o pior, mas é urgente abandonar o mito de sapiens e reconhecermo-nos como aprendizes, com humildade e vontade de aprender! Nas demais espécies, ninguém come além das suas necessidades, tornando-se obesos e de saúde frágil, exceto aqueles indivíduos que viraram animas domésticos dos “sábios”. Raríssimas guerreiam entre si, como fazem os ditos sábios!
É fundamental mudar as cabeças e os estilos de vida não apenas dos nossos dirigentes, mas de muito mais gente, se quisermos que nossos filhos possam evitar viver sob constantes e cada vez mais graves desastres que já não são mais “naturais”. Também não será agradável ver nossos descendentes presos em guetos, mesmo que luxuosos, como fazem hoje muitos europeus e norte americanos, buscando segurança (armada) contra os “outros da mesma espécie” que fogem da vida que sofrem!
Sim, enquanto nos acreditarmos sapiens, acima de todas as demais criaturas, continuaremos a maltratar todas elas, assim como convivemos com a maioria da nossa espécie sendo maltratada em razão das carências que caracterizam suas vidas! Se nos convencermos de que essa coisa de sapiens é uma fake news, que somos na realidade aprendizes que sequer sabemos conservar a nossa única casa, teremos chances de, humildemente, reconhecer o estrago que fizemos na nossa espécie e nos meios necessários para sobrevivermos. E agir para reparar tais danos!
Eduardo Fernandez Silva. Ex-Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados